Que Dilma leve o 13 junto

Por Gazeta News

Por Mario Eugenio Saturno*

Nem tudo são flores quando o assunto é a situação política e econômica do Brasil, mas com os Jogos Olímpicos acontecendo no país, os olhos do mundo se voltam para ele e muda um pouco o foco das notícias.

Quer maior prova que o processo de “impeachment” está correto? Observe os principais candidatos do PT, o Partido dos Trabalhadores, procure a cor vermelha, procure a estrela vermelha, procure a sigla PT! Não existe, né? Pois saiba o leitor, que desconheça os candidatos que comecem com o número 13 são do PT, mesmo que neguem, mesmo que disfarcem.

Não podemos deixar de lembrar que foi o Lula quem lançou Dilma como a mãe do PAC, a “gerentona”. Fabricada por marqueteiros desde 2008 e que sustentou quatro anos de governo, usando também a “contabilidade criativa” e as “pedaladas fiscais” para esconder a situação cada vez mais catastrófica do Brasil. O dique rompeu no dia seguinte da eleição de 2014 e a crise econômica e política continua até hoje.

Em 2 de dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados aceitou a denúncia feita por dois grandes juristas, Hélio Bicudo, que foi um grande petista e imprimia um grande senso de Ética no partido, o qual tive o privilégio de conhecer e colaborar, e Miguel Reale Júnior, que dispensa apresentação, mais a Janaína Paschoal.

Paralelo ao processo, pipocaram as colaborações premiadas de corruptos presos, da “lava jato” principalmente, que demonstraram que o Estado Brasileiro foi tomado por uma quadrilha de ladrões, nomeados por Dilma, além das estatais e fundos de pensão entrarem em regime falimentar por corrupção e incompetência.

Como contra fatos não há argumentos. Dilma apelou à desqualificação de pessoas, a tachar de “golpista” quem aponta os crimes eleitorais, políticos, econômicos... de responsabilidade! Para Dilma e seus defensores, condená-la não é aceitar as provas da denúncia, mas atacar a democracia! Imaginem, um homem que mata a esposa em “defesa da honra”, muitos dirão que, se ele for condenado, o júri não foi imparcial e o juiz não foi justo.

Finalmente, em 17 de abril, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o relatório com 367 contra 137. O parecer da Câmara foi imediatamente enviado ao Senado, mas o STF resolveu interpretar criativamente o artigo 86 da Constituição (não acredite em mim, leia na Constituição) dizendo que o Senado também deveria acatar a denúncia. E dá-lhe outra comissão especial de admissibilidade, cujo relatório foi aprovado por 15 votos favoráveis e 5 contrários. E, em 12 de maio, o Senado aprovou, por 55 votos a 22, afastando, finalmente, Dilma da presidência.

Então, vai a plenário e dá-lhe de novo as mesmas testemunhas, as mesmas teses, as mesmas chicanas petistas. A diferença foi a presença (até que enfim!) da Dilma que usou sua dialética confusa para justificar-se. Ela crê que não tem culpa nenhuma na crise brasileira. Imagine que você tenha a conta de luz em débito automático, mas no dia do débito sua conta esteja zerada, o que vai acontecer? A conta não será paga! Mas suponha que o gerente é seu amigo e autorize pagar, automaticamente você passa a dever aquele valor ao banco, certo? Só que isso, segundo as eminências pardas da Dilma, não é operação de crédito.

A Dilma é uma incapaz, mas essa turma se finge de burra por conveniência! Como não enganam mais ninguém, o impedimento foi aprovado por 61 senadores.

__________

*Mario Eugenio Saturno  é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano. Blog: cienciacuriosa.blog.com - Email: mariosaturno@uol.com.br