Queda do mercado imobiliário reduz consumo

Por Gazeta Admininstrator

Os floridianos estão gastando menos com carros, móveis e eletrodomésicos, e os economistas afirmam que isso deve-se a um único mal: o esfriamento do mercado de bens imóveis.

O problema principal, explicam, é que a construção e a venda de casas caiu mais do que o previsto no início deste ano. O nível de vendas de casas já construídas baixou a patamares equivalentes aos de 1997.

E o lento mercado de imóveis minou a confiança do consumidor, levando consigo as vendas de outros bens, como automóveis, por exemplo.

As vendas de veículos na Flórida despencaram nos últimos 18 meses. Em um período de três meses, em 2005, o estado recebeu $1 bilhão em impostos por vendas de veículos. Nos últimos três meses foram $906 milhões.

As vendas de eletrodomésticos e móveis também caíram, de acordo com dados oficiais. Os impostos arrecadados na Flórida com a venda de eletrodomésticos somaram $428 milhões no terceiro trimestre de 2006. Nos últimos três meses a arrecadação de impostos sobre esse tipo de produto foi de $402 milhões.

Ao mesmo tempo, os floridianos continuam gastando tanto dinheiro como no passado em restaurantes, bares, teatros e artigos de vestuário.

Tal fenômeno tem levado economistas a concluir que os floridianos estão evitando fazer compras de valores mais ele-vados, por causa da preocupação com a baixa no mercado imobiliário. “Creio que as pessoas não se sentem tão prósperas quanto antes. Deixaram de comprar coisas caras”, disse Amy Baker, coordenadora do escritório de Pesquisas Econômicas e Demográficas da Flórida. Baker observa que os economistas do estado sempre apostaram em um esfriamento do mercado imobiliário, e que acreditavam que o que ocorreu na Flórida em anos anteriores era “insustentável”, referendindo-se à elevação considerada excessiva nos preços dos imóveis. Agora, no entanto, afirmam que a queda neste mercado está afetando outras atividades econômicas.