Quem somos? Uma luz no fim do túnel

Por Gazeta Admininstrator

Certamente um dos mais importantes acontecimentos, entre muitos que pontuaram a semana de intensa atividade comunitária e social brasileira no Sul da Flórida, o lançamento do estudo “Brasileiros na América”, durante o Congresso FOCUSBRAZIL, pode ser considerado um marco altamente significativo para nossa comunidade em território norte-americano.

O estudo, realizado depois de 3 anos de meticulosa captação de dados e uso extensivo dos recursos do Departamento de Estatística da Prefeitura de Boston, foi coordenado e transformado em livro pelo professor Álvaro Lima, um dos três representantes comunitários dos Estados Unidos oficialmente eleitos dentro da iniciativa “Brasileiros no Mundo”, do Ministério das Relações Exteriores.

O livro foi distribuído gratuitamente a todos os interessados, durante o evento, e seguirá disponível a quem desejar obtêlo, bastando para isso entrar em contato pelo telefone (954)-779-3072. O impacto causado pelo lançamento do estudo foi imenso.

Há muitos anos que se trabalha com números estimativos, muitos dos quais totalmente fora da realidade, dando conta do números de brasileiros vivendo, atualmente, nos Estados Unidos. A conclusão do estudo feito após uma extensiva compilação de dados técnicos e precisos, segue sendo uma estimativa, mas é seguramente a mais próxima da realidade que se pode ter.

O “momento” que vivemos é particularmente complexo e crítico para todos os habitantes do planeta e a crise econômica enfrentada por quem vive nos Estados Unidos abalou de forma radical as estruturas da comunidade brasileira. Mas, há motivos para nos sentirmos otimistas. Da crise emergem soluções, ideias, a união forjada a partir das necessidades coletivas se contrapondo ao nosso histórico egocentrismo e isolacionismo.

No estudo de Álvaro Lima estão importantes tabelas, gráficos e conclusões de grande valor. Podem ser usadas nos mais diversos setores de nossa comunidade. Seja para reinvindicar por serviços públicos nas cidades onde os brasileiros representam uma substancial parcela da população, seja para colocar os pingos nos “ís” na relação de veículos de comunicação e mercado publicitário, dentro da comunidade.

A resposta à pergunta “Quantos Somos”, se não está deefinitivamente respondida pelo estudo “Brasileiros na América”, sem a menor dúvida começa a ser respondida de uma forma científica, longe das “viagens na maionese”, tanto para muito quanto para pouco.

A coisa mais comum do mundo é ouvirmos, em reuniões comunitárias ou em contato com quem lida com nosso mercado consumidor brasileiro nos EUA disparates que vão de 500 mil a 5 milhões de brasileiros vivendo em território norteamericano.

Outro ponto importante nesse estudo é a quantificação da comunidade por regiões. As especulações sobre qual é o “ranking” populacional das comunidades brasileiras, ganham novo referencial de consulta e debate.

Só que, desta vez, apoiado em dados econômicos, sociais, atividades mensuradas e tabuladas.
A publicação nasce como consulta fundamental para todos os que trabalham para a nossa comunidade. Todos os prestadores de serviços, todos os que de alguma forma se beneficiam ou estruturam seus negócios a partir do mercado consumidor brasileiro nos Estados Unidos. E é, muito além disso, interessante para todos os que se interessam pela realidade da imigração brasileira.

Certamente, “Brasileiros na América” será um item estelar, durante a realização do Segundo Fórum Brasileiros no Mundo, anunciado pelo Embaixador Oto Agripino Maia (Sub-Secretário do Itamaraty para as Comunidades Brasileiras do Exterior), presente pelo segundo ano consecutivo no Focus-Brazil, para o final de agosto, no Rio de Janeiro.

Lá, certamente num foro ampliado e ainda mais representativo da imigração brasileira, a discussão em torno da resposta a essa pergunta – “Quanto Somos?” – vai ganhar mais relevância e, graças a Álvaro Lima, mais conteúdo.