Recursos da Inteligência

Por Gazeta Admininstrator

O que há de novo no campo da memória

Imagine a sua memória como o disco rígido do seu computador: por maior que seja a capacidade de armazenamento de dados, sempre é preciso fazer uma manutenção preventiva para evitar problemas futuros, nem que seja apenas identificando e apagando arquivos temporários e outros que, com o tempo, se tornam desnecessários e ficam só ocupando espaço. Quando não fazemos isso, o disco se sobrecarrega e o desempenho do microcomputador tor­­na-se lento e sujeito a problemas esporádicos, que acabam se tornan­do fre­qüentes, forçando-nos a substituir o disco em uso por outro com maior capacidade de armazenamento de dados.
Já pensou como seria marcar uma consulta com um ?especialis­ta? e pedir-lhe que aumente a sua memória?
Prepare-se! Descobertas na área da neurociência ­aliadas aos conhecimentos já disponíveis acerca dos cinco sentidos ­ensinam como fazer a ?manutenção preventiva? da memória e, de quebra, fazem com que ela aumente sem precisar fazer a transferência dos dados da memória antiga, pois não é substituição e, sim, ampliação.
Longe de colocá-lo às voltas com jogos, quebra-cabeças e outras tantas atividades que sempre se imaginou diretamente relacionadas com a memória e necessárias à sua manutenção, essa nova abordagem ao assun­to vai estimular o seu cérebro e aumentar a sua memória por meio de exercícios e práticas bem pouco convencionais nessa área.
Como uma alusão deliberada ao exercício físico, essa disciplina vem sendo chamada de ?neuróbica? por autores como Lawrence Katz e Manning Rubin.
Para participar desse programa de atividades, basta dispor-se a rea­lizar algumas funções rotineiras de forma nem um pouco rotineira para que todos os seus sentidos se mobilizem e venham ?socorrê-lo?, pois pode haver certo grau de dificuldade no desempenho de algumas delas.
Seguem-se algumas sugestões de atividades, mas você pode criar outras:

  • Estimule o seu hemisfério cerebral não-dominante: escreva, escove os dentes ou segure o garfo às refeições com a mão não-dominante.
  • Iniba temporariamente um de seus sentidos para aguçar os outros: ouça música de olhos fechados, coloque tampão nos ouvidos para visitar uma exposição de arte, alimente-se com os olhos fechados...
  • Estimule o olfato: associe cheiros novos a situações que já têm um cheiro característico, como, por exemplo, trocando o cheiro de café, pela manhã, pelo de alguma fruta ácida, ou trocando o cheiro ar poluído, no trânsito, por um aroma diferenciado. Para isso, prepare sachês com aromas inusitados, guarde-os em vidros her­me­ticamente fechados e os mantenha em lugares como a cabeceira da sua cama, o porta-luvas do seu carro ou a gaveta da sua mesa, no escritório...
  • Estimule seu paladar: altere drasticamente alguns itens do seu cardápio, nem que seja apenas uma vez por mês. A culinária de determinados países pode ser uma experiência muito estimulante. Você consegue imaginar-se comendo camarão, pasta de pimenta e tamarindo? E arroz frito com abacaxi e caju? Estes são ingredientes de requintados pratos da cozinha tailandesa, mas há outros ainda mais exóticos: que tal lingüiça com goiabada?