Em novembro, os eleitores da Flórida terão uma opção para votar por uma redução de seus impostos sobre propriedade, em 25%. Mas, ao mesmo tempo, deverão decidir sobre o aumento de um centavo no imposto sobre vendas.
Membros da Comissão de Reforma Tributária, que se reúne a cada vinte anos – e pode submeter diretamente aos eleitores medidas que alterem os valores dos impostos – optaram pela via do voto, ao perceber que muitos proprietários estão perdendo suas propriedades, entre outros fatores, por causa do elevado valor dos impostos.
- As pessoas nas ruas estão pedindo uma redução, e agora terão a última palavra em novembro - disse Carlos Lacasa, ex-repre-
sentante estatal por Miami e integrante da Comissão que aprovou a redução, com uma votação de 21 a 4.
O principal defensor da medida foi John McKay, ex-presidente da Câmara estadual e que agora trabalha como corretor de imóveis em Bradenton. “Trata-se de mudar a estrutura do sistema tributário da Flórida, um sistema que seja mais justo para todos”, disse McKay, que tentou, durante anos, eliminar as isenções ao imposto sobre vendas.
O presidente da Câmara, Marco Rubio, republicano por Miami, que, no ano passado, apresentou um plano similar, que foi rechaçado pelo Senado estadual, mostrou-se satisfeito.
Como a reforma elimina a maior parte dos impostos sobre a propriedade, que sustetam o funcionamento das escolas, os legisladores deverão encontrar fundos para suprir tais impostos. O aumento de um centavo, renderá, anualmente, $3,9 milhões e ainda faltarão quase $5 milhões.
Empresários sustentam que os legisladores terão poucas opções, e que deverão impor novos impostos sobre serviços. Além disso, os legisladores começaram a discutir o fim de algumas isenções no imposto sobre vendas e a redução de gastos, além da imposição de novos tributos.
O líder democrata na Câmara dos Representantes, Dan Gelber, de Miami Beach, acredita que tais iniciativas gerarão “muitos enfrentamentos ideológicos”.
Para o presidente da Associação das Indústrias da Flórida, Barney Bishop, as discussões refletem uma troca de seis por meia dúzia. “Veremos que será proposto todo tipo de idéias absurdas, mas a realidade é que continuaremos pagando a mesma quantidade de impostos”.
