O prefeito de Miami, Tomás Regalado, afirmou em um evento em Buenos Aires nesta quarta-feira, 29, o compromisso de ir contra as políticas imigratórias do presidente Donald Trump, no que tange à proteção de imigrantes.
O prefeito afirmou, inclusive, que a cidade assumirá financeiramente possíveis cortes orçamentários do governo federal que podem vir a afetar a qualidade de vida em áreas como a segurança e caridade.
Para Regalado, a proteção social de qualquer pessoa, inclusive dos imigrantes, vem em primeiro lugar. “No atual contexto, há muitos habitantes que não procuram as forças de segurança por medo. Estamos na etapa de tentar convencer as pessoas de que a polícia está do lado deles, que não será um catalisador do futuro como imigrante”.
Como a polícia de Miami é própria, isto é, tem autonomia, para o prefeito ela não atua e nem vai atuar como funcionário federal ou como agente de imigração. “Nossa missão é proteger e servir", enfatizou.
Em seu discurso, o prefeito destacou que as escolas em Miami não pedem nenhum tipo de documentação, somente nome e sobrenome, justamente para reforçar a confiança dos imigrantes e apontou acidade como um local de diversidade e inclusivo, onde 62% dos residentes são imigrantes.
"Miami é a cidade latino-americana mais perto dos Estados Unidos, é uma cidade que até tem política externa, é uma cidade especial. Foi fundada por pessoas que não nasceram nos Estados Unidos", destacou.
Regalado é cubano, nascido em Havana, e participou como convidado do fórum "As cidades da América Latina perante os desafios globais", ao lado do prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e o da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, sobre a crescente importância do papel da cidade na sociedade com o aumento demográfico urbano.
