Relacionamento familiar proporciona a autoestima
Durante o convívio em família forma-se o conceito do nosso “eu”. Ou seja, de que o que aprendemos desde cedo e vivemos com nossos familiares formará o conteúdo de nosso eu, de nossa personalidade. Pode parecer uma informação óbvia, para considerarmos importante, mas é justamente o óbvio que muitas vezes perdemos de vista.
Creio que uma das coisas mais valiosas na relação com nossos filhos é fazer com que se sintam amados de maneira incondicional. Esse amor não vai nos privar das ações educativas, mas vai garantir uma certeza ímpar a eles, de seu valor, da aprovação por suas características, da possibilidade de errar e de acertar, modificando o que é necessário. Esse amor vem de um lugar especial dentro de nós, que está aberto a receber os filhos como são, sem apego a qualquer pré-projeto do que gostaríamos que fossem.
Quando isso não acontece e eles não se enquadram, é possível que a frustração tome conta de nós e os elogios começam a dar lugar as críticas, em alguns casos insensíveis e desmoralizantes. Aos poucos começa a ressoar uma frase dentro dele: “meu pai e minha mãe não gostam de quem eu sou, logo, quem poderá gostar de mim”. Ou ainda: “será que devo gostar de mim”. Podem imaginar a dificuldade que isso causa, quando a pressão negativa é cada vez maior.
Ao contrário, quando temos a maturidade para não projetar neles os nossos desejos, nossos medos, nossas frustrações, podem se sentir seguros integralmente e assumir uma postura forte na vida, com uma autoestima positiva. E assim será a relação deles com o mundo alem do círculo familiar, uma experiência positiva, em todos os seus empreendimentos. Pense nisso e redirecione o leme, se julgar necessário. Sempre há tempo de lembrar aos nossos filhos que eles são amados incondicionalmente.