Relatório mostra que 57 jornalistas foram mortos no mundo em 2016

Por Daniel Galvão

A liberdade de imprensa, em 2016, continuou sendo alvo da violência daqueles que tentam impedir o direito de jornalistas informarem os desmandos existentes nos mais variados lugares do planeta. É o que aponta o relatório da organização 'Repórteres Sem Fronteiras', divulgado nesta segunda-feira, 19.

O documento mostra que 57 jornalistas morreram no mundo neste ano em pleno exercício da profissão, principalmente em países em guerra como a Síria. Aliás, por lá, nada menos que 19 profissionais da imprensa foram assassinados. No ranking, o Afeganistão, com 10 mortes, México (9), Iraque (7) e o Iêmen (5), fecham a lista como os mais perigosos.

Segundo a ONG, além das 57 vítimas fatais, nove "jornalistas-cidadãos" (blogueiros) e oito "colaboradores" de meios de comunicação também foram vitimados em 2016. A 'boa notícia' é que o número é menor que o registrado em 2015, quando 67 profissionais foram assassinados.

"Essa redução significativa se explica pelo fato de que cada vez mais jornalistas fogem de países muito perigosos: Síria, Iraque, Líbia, mas também Iêmen, Afeganistão, Bangladesh ou Burundi, que se transformaram em buracos negros da informação, onde reina a impunidade", pontua o relatório da RSF.

Nos últimos 10 anos, cerca de 780 jornalistas foram assassinados, segundo o 'Repórteres Sem Fronteiras'. Os dados alarmantes traduzem a violência cada vez mais deliberada e o fracasso de iniciativas internacionais a favor da proteção dos jornalistas.

Na estatística de 2016, cinco vítimas eram mulheres, incluindo as afegãs Mariam Ebrahimi, Mehri Azizi e Zainab Mirzaee, que morreram em janeiro em Cabul em um atentado suicida. O levante contra a liberdade de imprensa se revela também com o número de jornalistas presos este ano: só na Turquia, são 100.

O 'Repórteres Sem Fronteiras' se uniu a outras organizações para apresentar um pedido oficial de criação de um posto na ONU que seja responsável pela proteção dos jornalistas em todo o mundo.

NOTA - Nós, do Gazeta Brazilian News, repudiamos a toda e qualquer tentativa de coibir a liberdade de imprensa e o livre exercício da profissão no planeta. A direção e equipe do jornal, o maior veículobrasileiro na Flórida, reafirmam seu compromisso com a missão de informar e se solidarizam com todos os familiares de companheiros que perderam a vida cumprindo sua missão.