Repatriação médica: Imigrante entra em coma em New Jersey e acorda na Polônia

Por Gazeta News

repatriação medica

Um residente de New Jersey, Wladyslaw Haniszewski, de 69 anos, não tinha planos de voltar para seu país natal, a Polônia. No entanto, depois de entrar em coma, foi lá que ele acordou.

Autoridades dizem que ele estava vivendo em New Jersey sem seguro de saúde e sem um green card por três décadas. Após um derrame no Robert Wood Johnson University Hospital, em New Brunswick, ele ficou inconsciente.

Todos os anos, centenas de imigrantes são enviados para casa através deste sistema de remoção pouco conhecido, chamado de “repatriação médica”.

Esse obscuro sistema permite que os hospitais que procuram reduzir os altos custos coloquem os pacientes em voos internacionais fretados. Quem paga pelos voos geralmente são os hospitais.

Um recente relatório elaborado por grupos de defesa dos imigrantes determinou que pelo menos 600 imigrantes foram retirados do país em um período de cinco anos, através deste sistema, embora exista a probabilidade que que o número seja muito maior.

Hospitais são legalmente obrigados a cuidar de todos os pacientes que necessitam de tratamento de emergência, independentemente do status imigratório ou capacidade de pagamento. Mas uma vez que um paciente está estabilizado, cessam também as obrigações de prestação de cuidados. Muitos trabalhadores imigrantes sem cidadania não são elegíveis para o Medicaid, o programa de seguros do governo para os pobres e idosos. É por isso que os hospitais, muitas vezes, tentam enviar os pacientes para centros de reabilitação e lares de idosos em seus países de origem.