Repercussão na mídia renova esperanças de brasileira em briga por custódia da filha

Por Marisa Arruda Barbosa

atrick Joseph Galvin no registro de sexual offenders do Florida Department of Law Enforcement.

A briga da pernambucana Karla de Albuquerque pela custódia de sua filha, Amy, de 7 anos, ganhou nova repercussão na mídia do Brasil nas últimas semanas.

Dede 2010, o GAZETA acompanha a trajetória de Karla, que acusa o pai de sua filha, Patrick Joseph Galvin, que é registrado como sexual offender no Florida Department of Law Enforcement, de ter abusado de Amy quando ela tinha três anos de idade, versão que condiz com o laudo da psicóloga brasileira, Karina Lapa.

O registro de Patrick se dá pelo abuso de uma enteada e outra menina no passado. Mesmo assim, ele tem a guarda da menina desde 3 de abril do ano passado.

Repercussão Nas últimas semanas, a história da brasileira, que hoje vive em Júpiter, foi contada pelo “Jornal do Brasil”, no “Diário de Pernambuco”, no “Cidade Alerta” e no “R7”, ambos da “TV Record”, entre outros.

Além disso, Carla criou uma petição on-line no site Change.org, na qual já conta com 136 mil assinaturas. A pernambucana também administra a página “Welovekarlamy” no Facebook, onde divulga o seu caso.

Com essa nova repercussão, Karla espera conseguir a ajuda de um novo advogado, já que a advogada que contratou no ano passado para defendê-la, Lisa Macci, abandonou o caso, segundo a pernambucana.

Karla está lutando também para que o caso tenha mais repercussão na mídia

[caption id="attachment_81186" align="alignright" width="211"] atrick Joseph Galvin no registro de sexual offenders do Florida Department of Law Enforcement.[/caption]

americana, para que a investigação chegue até às cortes que permitiram que o pai conseguisse a guarda de Amy, no ano passado. Patrick e a filha vivem em Stuart, no condado de Port St. Lucie.

Desde outubro do ano passado, a mãe brasileira conseguiu o direito de visita supervisionada, uma vez por semana. As visitas duram uma hora e meia e Karla só pode falar inglês com Amy.

Karla se queixa que a advogada que contratou no ano passado não fez nada pelo caso e a lentidão do processo só piorou sua situação. “Amy me contou que o pai dela disse que eu não queria vê-la pelos cinco meses que ficamos separadas”, disse Karla ao GAZETA.

Nas visitas, aos sábados, Karla diz que sente que a filha está “diferente”: “Eu noto que ela está diferente, tem cheiro de cigarro, o sorriso não é o mesmo e ela está mais magra”, relata. “Há muitas regras em minha visita e não posso falar muitos detalhes, mas eu sempre digo a eles que nunca deixarei de ser a mãe da Amy e se ela apresentar qualquer queixa, eu tenho que denunciar”.

Prisão A pernambucana foi detida no dia 16 de janeiro de 2014, acusada de descumprir decisão judicial ao fugir com a filha da Flórida para o Texas, segundo ela, para proteger a menina do pai.

De lá pra cá, Karla ficou presa por 23 dias, foi condenada a 18 meses de condicional e passou mais de cinco meses sem ver a filha.

Atualmente, ela vive com amigos em Júpiter e diz que o quarto de sua filha já está arrumado para quando ela conseguir a guarda. Mesmo assim, os desafios são muitos. Karla está procurando um emprego para poder provar que tem condições de cuidar de Amy.

“Já passei por muita coisa nesses últimos anos e não vou parar”, promete. “Só vou parar quando a minha filha estiver comigo e o pai dela estiver preso”.