Republicanos planejam oferecer sua própria solução para a imigração

Por Gazeta News

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Legisladores republicanos determinados a contrariar o presidente Barack Obama sobre a imigração querem avançar com soluções próprias, começando com um projeto de lei de segurança na fronteira e talvez começando a abordar outros aspectos do sistema quebrado.

É uma meta que republicanos da Câmara já tentaram e não conseguiram alcançar nos últimos dois anos, mesmo quando o Senado aprovou um abrangente projeto de lei bipartidário, que acabou morrendo por causa da falta de ação na Câmara.

Mas, quando os republicanos da Câmara e Senado se reuniram em um retiro na Pensilvânia, legisladores disseram que com o Senado agora sob controle do Partido Republicano, eles têm uma nova oportunidade para tratar da imigração com a sua própria maneira, passo a passo. Muitos viram o projeto de lei do Senado como uma anistia porque incluía um caminho para a cidadania para os imigrantes que estão no país ilegalmente. A ideia deles é de tomar um rumo muito diferente.

O deputado republicano Lou Barletta (R-Pa), sugeriu, ao sair do retiro rumo de volta a Washington, que a ideia é primeiro cuidar de um projeto de lei de fronteira. “É um grande trabalho, e isso vai ser um projeto de lei difícil”, disse ele.

O deputado Michael McCaul, do Texas, que preside o Comitê do Homeland Security, delineou uma proposta de legislação de fronteira, incluindo penalidades para alguns funcionários da administração que não cumprirem com as disposições de segurança de fronteira dentro do projeto de lei.

As discussões viram quando legisladores lutaram para encontrar uma solução para um problema: como parar as ações executivas de Obama sobre a imigração, que deve beneficiar milhões de indocumentados nos próximos meses.

Os republicanos se opõem aos movimentos de Obama e a Câmara ofereceu uma resposta ao que chamam de abuso de autoridade do presidente, com uma proposta no início da semana passada. Os republicanos da Câmara anexaram um bloqueio de gastos de $39.700 bilhões de dólares do Departamento de Segurança Interna, que desfaria as ações de Obama. Isso deixaria milhares de jovens imigrantes expostos à deportação. Obama ameaçou vetar a lei.

O líder da maioria republicana na câmara Mitch McConnell, R-Ky., prometeu, no dia 15, que o Senado iria votar o projeto da Câmara, mas não previa que ia passar.

“Nós vamos tentar passar o projeto. Isso vai ser a nossa primeira escolha”, McConnell disse a jornalistas. “Se não fizermos passar, nós vamos deixar vocês saberem o que vem a seguir”.

Em uma reunião em New Hampshire, no dia 16, a senadora Kelly Ayotte (R-N.H.), foi mais direta quando questionada por um repórter: “Eu não acho que conseguiremos obter 60 votos no Senado”, ela disse sobre o projeto da Câmara.

Embora o Senado esteja agora sob controle do Partido Republicano, os republicanos ainda não conseguem seis votos da margem de 60 votos necessários para avançar a maioria das leis, e um número de senadores republicanos tem preocupações com a forma de abordagem da Câmara. Na esteira dos ataques terroristas de Paris, os legisladores não querem que a legislação do Homeland Security fique comprometida com as alterações em seu orçamento.

O financiamento para o Departamento de Segurança Interna expira no final de fevereiro, então republicanos têm até lá para resolver o problema. Parlamentares e assessores disseram que depende de como será a luta contra as ações executivas de Obama para saber se eles irão avançar na legislação.