Retrospectiva 2017 - As notícias que foram destaque

Por Gazeta News

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Furacão Irma foi o furacão mais agressivo na Flórida desde 2005 Na Flórida, pelo menos 28 pessoas morreram em conexão com a passagem do furacão Irma, incluindo 8 em Florida Keys, a região mais afetada e onde o olho do furacão tocou o solo no início do dia 10 de setembro, com força de categoria 4 e rajadas de vento de 130mph (215 km/h) e seguiu passando pelo oeste do estado. Dentre os motivos das mortes estão acidente de carro durante a tempestade; falta de energia em casa de repouso em Hollywood e intoxicação por monóxido de carbono de gerador. Além da Flórida, quatro pessoas morreram na Carolina do Sul e três na Geórgia, segundo as autoridades, totalizando 35 mortes. Cerca de 25% das casas nas Keys foram destruídas, informou o administrador da Agência de Gerenciamento de Emergência, Brock Long, e cerca de 65% das casas sofreram grandes danos. O número sobe para 90% segundo a FEMA. Mais de 25 mil pedidos de seguro-desemprego por desastre foram submetidos à Florida’s Department of Economic Opportunity (Departamento de Oportunidades Econômicas da Flórida) segundo a agência estatal. Destes, 44% estavam no sul da Flórida, incluindo o Condado de Monroe, nas Keys, onde o furacão tocou o solo. Houve 2.700 aplicações no condado de Broward, cerca de 4.500 em Miami-Dade, 1.200 no condado de Palm Beach e quase 2.700 no município de Monroe, segundo a DEO. O governo da Flórida decretou estado de emergência e pelo menos 6,3 milhões de pessoas – cerca de 1/3 da população do estado receberam ordem de evacuação. O Irma foi um dos furacões mais potentes já registrados no Atlântico, segundo o National Hurricane Center. Na América Central, o furacão deixou 40 mortos nas ilhas do Caribe. Atirador do aeroporto de FLL pode pegar pena de morte ou prisão perpétua A justiça da Flórida adiou para junho de 2018 o julgamento de Esteban Santiago, 27 anos, que em janeiro deste ano abriu fogo matando cinco pessoas e ferindo outras seis no Aeroporto Internacional Fort Lauderdale-Hollywood. A demora, segundo o juiz, se deve ao fato da análise dos promotores sobre um possível processo de pena de morte. A princípio, o julgamento de Santiago estava programado para o dia 22 de janeiro de 2018 em um tribunal federal em Miami, mas durante uma audiência no dia 18 de dezembro, o juiz distrital Beth Bloom concordou em adiar o julgamento para o dia 11 de junho a pedido dos advogados de defesa e acusação de Santiago. Esse tipo de processo leva muito mais tempo no sistema federal do que no sistema estadual da Flórida, tendo em vista que será analisada a pena de morte ou prisão perpétua ao atirador. Santiago está detido no Centro Federal de Detenção em Miami e, segundo os médicos, toma medicamentos controlados para esquizofrenia. O jovem cresceu em Porto Rico, e por último estava morando em Anchorage, no Alasca. Ele chegou a Fort Lauderdale em um voo vindo do Alasca e pegou a arma de sua própria bagagem. Ele não se declarou culpado das 22 acusações e segue para julgamento pelo tiroteio em massa no Aeroporto Internacional Fort Lauderdale-Hollywood. Dez das acusações podem leva-lo à pena de morte ou prisão perpétua em uma prisão federal. Assassinos do adolescente gaúcho em Winter Park serão julgados em 2018 A pedido do advogado de defesa do menor Simon Hall, 16 anos, envolvido na morte do adolescente gaúcho Roger Trindade em Winter Park, em outubro de 2016, o julgamento final do caso chegou a ser adiado por 4 vezes, tendo sido remarcado para acontecer em fevereiro de 2018, em Orlando. Os três alunos do ensino médio da Winter Park High School -Jesse Sutherland, 16, e Simeon Hall, 16, e Jagger Gouda, de 15 anos- foram presos meses após a agressão em outubro de 2016 que provocou a morte cerebral de Roger. Todos os três acusados estão em prisão domiciliar. Roger, então com 15 anos, morreu após ser agredido pelos adolescentes na noite de 15 de outubro de 2016 na parte central do Park Avenue em Winter Park. O adolescente foi resgatado inconsciente e levado para o hospital, onde foi declarada a morte cerebral e retirado de suporte vital em 17 de outubro. Os pais de Roger moravam em Novo Hamburgo (RS) e haviam se mudado com o filho para Winter Park em janeiro de 2016, e um dos motivos alegados pela família seria pela segurança em viver nos Estados Unidos. Depois da morte do filho, os pais voltaram para o Brasil e sempre retornam à Flórida para as audiências sobre o caso. Em agosto, o casal se mudou para o Colorado e aguarda a data em fevereiro para estar pessoalmente no julgamento final. Trens de alta velocidade são as apostas para desenvolvimento da Flórida em 2018 O trem de alta velocidade da Brightline que ligará o sul da Flórida a Orlando pode começar a operar ainda mais cedo que o planejado. Segundo comunicado da empresa, a próxima fase do serviço ferroviário de passageiros foi aprovada pelo governo federal e a expectativa é que comece a ser construída já no primeiro trimestre de 2018. O lançamento da rota para Miami e início da construção sentido Orlando será no primeiro trimestre de 2018. A etapa entre Fort Lauderdale e West Palm Beach ainda está em testes e deve entrar em operação no início de 2018. Com o trem, a viagem de West Palm Beach a Fort Lauderdale será feita em 30 minutos e outros 30 minutos para Miami. Já a viagem de Miami a Orlando levará três horas, em comparação com quatro horas de carro ou ônibus, estimam as autoridades. A estação Miami Central será adicionada à rota nos próximos meses. Hyperloop One Outro projeto que promete diminuir o tempo de viagem entre Miami e Orlando é do Hyperloop One, um trem de alta velocidade que será movido à energia elétrica e viajará a cerca de 1.200 kmh entre Orlando e Miami em 26 minutos. Em setembro, a rota da Flórida foi uma das 10 escolhidas para participar da próxima etapa de desenvolvimento do trem. A ideia é que os veículos possam transportar cargas a partir de 2020 e, no ano seguinte, se expandir também para passageiros. Brasileiros que fizeram a diferença em prol da comunidade em 2017 Depois da passagem do furacão Irma pela Flórida, vários brasileiros se uniram para ajudar a comunidade. O Rotary Club de Boca Raton West, juntamente com a Primeira Igreja Batista- PIB Florida - ajudaram brasileiros que não puderam voltar logo para casa ou aqueles que voltaram, mas ficaram sem energia, sem água e sem como cozinhar. Foram servidas ao menos três refeições diárias durante dias.Também foram enviados mantimentos e roupas para os desabrigados em Porto Rico e Haiti. Outro exemplo de solidariedade de brasileiros na Flórida é o grupo “A Nossa força vem do Céu – Lutando contra o Câncer de Mama” criado pela paulista que mora em Coconut Creek, Gisele Buono, 37 anos, reúne cerca de 20 mulheres que estão em tratamento ou que venceram a doença. Por meio do grupo elas trocam informações e dão força umas às outras. As participantes do grupo se ajudam com trocas de experiências, palavras de motivação e principalmente recomendam sobre o tratamento e médicos. O grupo conta ainda com a consultoria de Betania Stevenson, enfermeira especializada na área de Quimioterapia do Hospital North Broward Health e que auxilia as envolvidas com questões médicas e burocráticas. Os 30 brasileiros voluntários do “Dr. Smile´s Group”- inspirados no filme Patch Adams – O Amor é Contagioso (tradução em português) mostram como é importante a humanização com as pessoas ao redor. O grupo visita há 3 anos pacientes em hospitais, crianças autistas e idosos em centros de repouso no sul da Flórida, levando alegria e arrancando sorrisos de rostos muitas vezes tristes e cansados.