Rezende anuncia ida para o Japão

Por Gazeta Admininstrator

Márcio Rezende de Freitas teve convicção de que errou ao assistir pela televisão, na noite de ontem, o lance em que não marcou pênalti do goleiro corintiano Fábio Costa em Tinga e ainda expulsou o volante do Internacional, prejudicando o time gaúcho no confronto decisivo contra o Corinthians, domingo, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro.

Foi o que afirmou, nesta terça-feira, em entrevista para a Agência Estado. O fato o deixou bastante aborrecido e acabou com sua noite de sono, contou. “Às vezes as imagens nos salvam e às vezes nos culpam. Contra fatos não há argumentos: eu errei e peço desculpas.” Seu pedido de desculpas, no entanto, não foi aceito pelos dirigentes do Internacional, ainda inconformados com o empate diante do Corinthians, cada vez mais perto do título.

Márcio trabalhará na última rodada do Brasileiro, provavelmente num jogo sem importância. E anunciou a desistência de apitar Joinville x Marcílio Dias, pela Série B do Campeonato Catarinense – é filiado à Federação de Santa Catarina. “Minha carreira não merece que eu termine com Corinthians x Internacional”, declarou ao jornal Hoje em Dia, de Minas Gerais. Ele revelou, ainda, que irá, em janeiro, para o Japão, onde deverá ficar por pelo menos cinco meses. “Foi o Zico (técnico da seleção japonesa) que me arrumou.”

O juiz não citou na súmula da partida o erro na jogada do pênalti. “ O que eu vi em campo, e tinha convicção naquele momento, foi relatado na súmula que entreguei à Federação Paulista no fim do jogo. Hoje, a súmula tem de ser entregue até três horas depois da partida”, explicou. Caso assumisse o erro no documento, a diretoria do Inter ganharia força numa eventual batalha no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Mesmo assim, o presidente Fernando Carvalho cogita ir aos tribunais.

“Só com uma câmera atrás do gol consegue-se perceber o toque do Fábio Costa. No fim do jogo nenhum jogador reclamou. Só fui saber depois que eu saí do vestiário.” Márcio Rezende relatou que o erro lhe tirou o sono. “Quando eu erro fico doente, nem minha mulher me agüenta.”