Rio, Lágrimas de Emoção e Revolta

Por Gazeta Admininstrator

Sentados diante das imagens da TV (Globo e Record transmitiram brilhantemente o eevento) assistimos no último sábado à tarde/noite um espetáculo de pura emoção e orgulho de ser brasileiro. A festa de abertura dos jogos Panamericanos foi uma “lavada de alma”, um sopro de alegria e orgulho em ver a magnífica capacidade brasileira de montar um espetáculo que se nivelou ao que de melhor se realiza no mundo. E mais: com bom gosto, criatividade, qualidade e precisão, sem em nenhum momento de ser absolutamente carioca, brasileiríssimo no conceito e na realização. Eram tantos símbolos de cultura brasileira e brasilidade reunidos e mesclados a sentimentos os mais diversos...impossível não se envolver. Durante décadas o Brasil vem sendo tratado como “inviável” para sequer pretender se candidatar a sediar grandes sventos. “Inseguro”, “Violento”, “Desorganizado”, eram e continuam sendo adjetivos que nos são atirados na cara, na maioria das vezes por nós mesmos, brasileiros, que ao longo de nossa história cultiuvamos esse estranho “esporte” da auto-pichação. E ainda tem “intelectualóide” que acha bonito essa capacidade do brasileiro ridicularizar-se e diminuir-se. Eu penso totalmente diferente. Sim, é salutar ter autocrítica. É saudável ter capacidade de seguir em frente apesar de todas as mazelas. Mas não vejo em que pode ser positivo de suto-depreciar. Vamos em frente. E lá estávamos nós, gaúchos, baianos, cearenses, amazonenes, paulistas (porque não?), mineiros, goianos, brasileiros enfim, assistitndo uma belíssimo espetáculo que honrou nossa música, nossa Natureza, nossos artistas, da divina Elza Soares à sensação do momento, Céu. E quanta criatividade dos nossos coreógrafos, aderecistas, bailarinos, modelos. O público vibrou. Aplaudiu a (quase) todas as delegações, com algumas vaias (menos do que se esperava) para a delegação dos estados Unidos (os pobres ateltas norte-americanos “pagam o pato” pela antipatia mundial a Bush e sua política de guerras) e nenhuma vaia poar os arqui-rivais argentinos. O Rio estava em festa, se reencontrando ainda que por apenas algumas horas com sua histórica vocação para a beleza, a glória e a concórdia entre todos os seres humanos. O verdadeiro espírito do Brasil esteve alí representado como há décadas não víamos, com o que temos de melhor para dar ao mundo: nossa alegria, nossa fé e nossa inesgotável capacidade de ser feliz, apesar de todos os pesares. Confesso a vocês que chorei muito. Me sentí honrado, orgulhoso e revoltado. Chamei os amigos que estavão em casa no sábado à tarde. A maioria gringos. Disse prá eles: “iosto é o meu Brasil”. No fundo do coração eu sentia o quantos egue sendo forte o amor e a ligação que temos como nosso maltratado país, nossa terra e nossa gente. O Pan pode até não ser grande coisa para muita gente. Com certeza não vai mudar estruturalmente nada em nosso país. Mas é um sopro de vida, um alimento ultra necessário à esperança. A entrada do maratonista Vanderlei Cordeiro carregando com muma alegria de menino-moleque, a bandeira verde e amarela foi uma apoteose. Que bom poder sentir orgulho e festejar o que somos de bom e o que temos de melhor. O Pan trouxe de volta o Rio-Cidade Maravilhosa não só diante dos olhos das Américas, mas diante dos olhos de nós próprios, brasileiros, muitas vezes já “desistindo” de acreditar num resgate de nossa dignidade tão esfarrapada por anos de corrpção, violência e anti-patriotismo. Viva o Rio 2007. Viva o Pan. Além das medalhas e recordes. Viva pelo que trouxe de alento a cada um dos brasileiros que sim, amam o seu país e, perto ou longe “de casa” guardam no coração o mais puro sentimento de amor pelo Brasil.