Rir é o melhor remédio

Por Gazeta Admininstrator

O ato de rir é muito complexo e faz bem para a saúde. Rir além de ser uma sensação agradável, faz um bem enorme para o coração, aumentado a circulação sanguínea.

Os efeitos de uma risada podem ser sentidos no aspecto fisiológico, quando atua no sistema cardiovascular promove uma queda de pressão decorrente da vasodilatação das artérias.

As pessoas que apresentam maior senso de humor têm seus níveis de estresse reduzido, e até mesmo uma dor aparente. O bom humor atua no sistema imunológico prevenindo gripes e resfriados.

Quanto aos benefícios psicológicos do riso, estes podem ser sentidos quando algumas emoções negativas, como medo, tristeza e raiva são expressas inofensivamente pela risada.

Um ataque de riso proporciona uma sessão de ginástica, pois trabalha o abdômen, as pernas e os músculos das costas.

Cura
Não é de hoje que o Homem conhece os benefícios do riso. Os médicos gregos da antigüidade já recomendavam aos pacientes uma boa comédia para ajudar no combate a uma doença grave.

Na Universidade de Stanford, na Califórnia, o psiquiatra Dr. William Fry percebeu que os pacientes necessitavam de uma quantidade muito menor de medicamentos contra a dor, após ter introduzido o bom humor na rotina deles.

No livro “ Anatomia de uma doença”, Norman Cousins conta como se curou de uma doença grave assistindo seriados cômicos pela televisão. Patch Adams ainda sonha com o seu hospital-circo, onde deve existir salão de dança, teatro e espaço para meditação.

A risada faz aumentar a secreção de endorfina que relaxa as artérias, melhora a circulação e beneficia a reação imunológica. Além disso estimula a produção de adrenalina o que ocasiona mais irrigação nos tecidos que recebem mais oxigênio. O bom humor aumenta a capacidade de resisitir à dor.

Ninguém gosta de ficar doente, sofrer uma cirurgia ou passar uma temporada no hospital. Mas, só nos damos conta disso, quando alguém muito próximo passa por essa situação. Foi exatamente isso o que aconteceu com a psicóloga Eva Strum . Há cinco anos seu pai teve de passar por uma cirurgia cardíaca e ficou muito abatido. Além de sofrer por estar passando por um momento delicado da sua vida, não existia nada no ambiente hospitalar que ajudasse a distraí-lo, que o ajudasse a pensar em outra coisa que não fosse seu estado de saúde.

Quando viu seu pai passando por essa situação, a psicóloga sentiu que ele precisava de ajuda para levantar o astral e resolveu levar uns jogos até o hospital para passar um tempo com ele brincando. O resultado foi extremamente positivo. Ele se divertiu e passou a sentir melhor, o que ajudou muito na aceleração do seu processo de recuperação.

Holywoodiano
A revista Woman’s Day publicou a história verídica de um garoto de 3 anos que salvou sua irmã recém-nascida com um simples ato de amor. A garotinha internada na UTI neonatal , entre a vida e a morte, perdia a batalha pela vida, quando seu irmão começou a cantar para ela. Nesse momento, o bebê começou a reagir, a pulsação se estabilizou, a respiração difícil tornou-se suave. E em poucos dias ela se recuperou e foi para casa.

Apesar do estilo “hollywoodiano”, esse fato nos revela que um pequeno ato pode significar muito para quem está necessitando de carinho e atenção e, muitas vezes, não tem a companhia da própria família.

Pode-se dizer que o processo terapêutico também se estende às pessoas que entram nessa proposta, pois a sensação de estar ajudando a quem precisa também traz ótimos benefícios para a alma.

Tipos de riso
Pesquisadores constataram que existem três tipos de riso: o riso fechado, em que há distensão dos lábios para trás e para o alto, mas não se abre a boca e no máximo se contraem as pálpebras; o riso superior, com a boca semi-aberta, que revela apenas parte dos dentes; e a gargalhada, que é a forma mais expansiva do riso, em que se pode, também, morder o lábio inferior, balançar a cabeça, mexer o tronco, os braços e as pernas e até chorar de rir, porque a contração das pálpebras pressiona os canais lacrimais. Assim, uma boa gargalhada acaba envolvendo o corpo inteiro, com sucessivos espasmos do diafragma e os movimentos alternados de contração e relaxamento dos músculos respiratórios favorecem os pulmões e o coração, ampliando a caixa toráxica. É óbvio que essas alterações elevam a temperatura do corpo e a pressão arterial, deixando a criatura em estado de esfuziante bem-estar. A grande vantagem de dar boas gargalhadas é que, passada a euforia, os músculos relaxam-se totalmente. Daí, ser o riso um remédio excelente e barato contra a hipertensão, o estresse e as dores causadas por tensão muscular.

Há indícios, constatados por pesquisadores médicos, como os realizados por William Fry, da Universidade Stanford, California, EUA, que estuda o riso e o bom humor há mais de 35 anos, de que a gargalhada detona uma reação em cadeia das glândulas endócrinas, liberando, entre outras substâncias, os analgésicos naturais do organismo - as endorfinas. Depois de introduzir o humor na rotina de recuperação de seus pacientes convalescentes, ele notou queda no consumo de medicamentos contra a dor. Evidentemente, isso explica, também, o relaxamento muscular que se segue a uma boa sessão de gargalhadas.

Além disso, há estudos em curso que mostram que o riso deflagra também a ativação e a produção de imunoglobulina IgA, anticorpo responsável pelo combate aos germes que produzem infecções respiratórias, detectada por testes feitos na saliva de grupos que passaram por uma sessão de gargalhadas. O resultado consta de trabalho realizado por Kathleen Dillon, psicóloga do Western New England College de Springfield, Massachussets, EUA. Essa pesquisadora provou, ainda mais, que os benefícios do riso são cumulativos como os exercícios físicos, surgindo, assim, um grande reforço no sistema imunológico das criaturas bem-humoradas.

Assim, fica claro, também, que os efeitos do riso se estendem ao plano psicológico e há quem defenda a tese de que “nós não rimos porque estamos felizes; nós estamos felizes porque rimos”. Testes feitos por Patrícia Ricelli e seus colaboradores, da Universidade de Alegheny, Pensylvania, EUA, mostraram que o franzir das sobrancelhas torna as pessoas tristes e deprimidas. Mais que isso, Robert Zajonc, da Universidade de Michigan, EUA, supõe que as expressões faciais alteram a temperatura do sangue, enviado ao cérebro, justamente para o hipotálamo, a estrutura que regula as reações do corpo ao frio, ao calor e às emoções.

Efeitos do riso
Cérebro: o hipotálamo, centro de controle situado na base do cérebro, libera do organismo endorfina, com propriedades analgésicas e calmantes.
Nariz e garganta: o ar proveniente dos pulmões bate nas cordas vocais, que emitem sons incoerentes.As glândulas salivares e lacrimais aceleram sua produção e se descontrolam.

Rosto: os músculos do rosto se contraem, especialmente o risório e o zigomáricol. A tensão deste último pode dar uma aparência enganosa de sofrimento.

Coração: bate mais rápido. Após terem se estreitado, as artérias se dilatam, provocando uma sensação de bem-estar.
Tórax: os pulmões expelem enormes quantidades de ar, a grande velocidade. O dia-fragma se move, provocando fortes espasmos respiratórios em toda a caixa torácica.

Ventre: os músculos abdominais se contraem com força, o que é bom para a vesícula. Ás vezes, o esfincter (músculo) se relaxa, ocasionando uma desagradável incontinência urinária.

Pernas: os músculos se relaxam e a pessoa se curva de tanto rir.
Pés: até os dedos dos pés se agitam.

Um choque libertador
Em alguns segundos, o riso sacode o corpo dos pés à cabeça. O riso exercita e relaxa a maior parte dos músculos, incluindo o coração, as artérias e os pulmões. O baço, por sua vez, é uma das poucas partes do corpo não alcançadas pela comoção provocada pelo riso.