Risco de furacões na América do Sul é mínimo, mas mudanças climáticas podem estimular a ocorrência no futuro

Por Gazeta News

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Com a dimensão que o furacão Sandy ganhou na mídia mundial, cria-se especulações sobre a possibilidade desses eventos da natureza atingirem lugares que nunca enfrentaram o problema, como é o caso da América do Sul. As informações são da “Agência Brasil”.

Segundo especialistas, na região, especialmente no Brasil, o risco de ocorrer furacão é mínimo devido à ausência da combinação de fatores essenciais ao fenômeno: aquecimento da água do oceano e ventos constantes e fracos.

Um furacão pode variar de 1 a 5, da escala Saffir-Simpson – a partir do nível 3 que é acima de 178 quilômetros por hora, o fenômeno é considerado grave.

A análise é pelo professor de Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, Ernani Nascimento, considerado um dos principais estudiosos em furacões do país. “O Atlântico Norte e os ventos daquelas regiões têm os combustíveis essenciais para a ocorrência de um furacão”, descreve ele.

Nascimento acrescenta que o atual período do ano favorece a combinação de aquecimento da água com ventos fracos e constantes nos países cercados pelo Oceano Atlântico Norte. Segundo ele, essa é uma das principais causas dos furacões.

Porém, o professor disse que é impossível avaliar se as mudanças climáticas, que vêm ocorrendo nos últimos anos, acentuaram as possibilidades de furacões no mundo. Segundo ele, é necessário aguardar mais, pelo menos, uma década para fazer a avaliação. No entanto, ressalta que há estudos que mostram que as mudanças podem estimular, sim, a ocorrência de furacões.