Rússia investiga radiação 'catastrófica' na Chechênia

Por Gazeta Admininstrator

Forças russas lançaram pesados ataques em Grozny em 1999
Promotores da Chechênia anunciaram nesta sexta-feira que estão investigando a razão de terem sido registrados níveis "catastróficos" de radioatividade em uma indústria química na república russa do Cáucaso.
Investigadores disseram que os níveis de radioatividade na fábrica em Grozny, capital da Chechênia, teriam chegado a ser superiores a 58 mil vezes o normal.

Além disso, segundo informações da TV russa, os níveis em um dos depósitos da fábrica estão na metade dos registrados durante na usina de Chernobyl. A explosão na usina na Ucrânia, em 1986, levou à morte de cerca de 4 mil pessoas.

"Trata-se de um perigo para a população porque a administração da fábrica não está tomando medida alguma para retirar o material radioativo ou isolar o local", disse o promotor Valery Kuznetsov.

Risco de bomba "suja"

Entre 27 e 29 elementos radioativos teriam sido encontrados na fábrica, entre eles o cobalto-60, um isótopo com aplicações na área médica e na indústria e considerado especialmente perigoso.

O caso também aumentou o medo de que militantes separatistas chechenos usem lixo radioativo para construir bombas "sujas", ou seja, com material nuclear.

Acredita-se que a fábrica tenha sido duramente atingida durante um bombardeio de forças russas em Grozny em 1999, quando elas lutavam contra os militantes nacionalistas.

Desde então, a fábrica teria ficado vulnerável a roubos.