S.O.S. para as águas da Mata Atlântica

Por Gazeta Admininstrator

Há cerca de um ano, escrevi para o portal infoescola.com um artigo sobre a fauna da Mata Atlântica, região florestal situada em áreas próximas do litoral brasileiro, cuja cobertura atual representa apenas 7% da cobertura original. A Mata Atlântica é rica em espécies de animais e vegetais endêmicas e muitas ameaçadas de extinção.

Segundo a história, antes do processo de colonização e industrialização no Brasil, a Mata Atlântica brasileira ocupava cerca de 1,3 milhão de km², se estendendo do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e era a segunda floresta do Brasil, mãe do pau-brasil da era colonial. Hoje, grande parte dessas regiões transformou-se em cidades, pastos e áreas agrícolas.

Desde criança, eu já percebia as preocupações com a Mata Atlântica, tanto que os meus personagens de quadrinhos da "Turma do Oi! O Tucano Ecologista", na ficção, habitam em uma floresta
imaginária na Mata Atlântica. Dentre as preocupações, está a qualidade das águas dos rios e lençóis freáticos da Mata Atlântica, que de alguma forma servem como mantenedoras da vida nas florestas e como fonte de recursos hídricos para as cidades.

Segundo reportagem do Jornal Nacional, veiculada no dia 7 de janeiro, 25% dos corpos d'água da Mata Atlântica estão com a qualidade ruim. Os dados são do S.O.S. Mata Atlântica, ONG ambientalista brasileira. Em 2010, o estudo verificou 39 cidades, atividades de educação ambiental e os recursos hídricos de vários locais. Segundo as avaliações, 70% dos corpos d'água foram classificados como de qualidade regular, 25% dentro do nível ruim e 5% no nível péssimo.

Sabemos que o período de 2005 a 2015 foi declarado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como a década internacional Água para Vida, sendo a qualidade das águas uma das principais preocupações ambientais da entidade. No ano de 2006, a ONU estimou que cerca de 1,6 milhão de pessoas morrem todos os anos devido a doenças transmitidas pelas águas.Nos mares dos EUA

Em abril de 2010, o mundo assistiu o vazamento de óleo que atingiu o Golfo do México e ameaçou espécies de animais e plantas, principalmente em Louisiana. Segundo uma comissão de investigação do governo dos EUA, em documento já entregue à Casa Branca, novos desastres e derramamento de óleo similares ao do ocorrido no ano passado poderão ocorrer novamente, caso não haja uma reforma no setor de exploração de petróleo. Segundo o documento, cortes de custos operacionais foi uma das principais causas para o vazamento no Golfo do México.