Saiba como lidar com a depressão sem remédios

Por Adriana Tanese Nogueira

A depressão é caracterizada por um humor depressivo e/ou diminuição de interesse ou prazer nas atividades cotidianas (o que inclui a diminuição da libido). As emoções que surgem são geralmente as de tristeza profunda, desespero, apreensão, raiva e apatia. A pessoa tende a chorar com facilidade, podem emergir pensamentos de auto desvalorização e culpa, pensamentos negativos e queda de autoestima. Na depressão podem estar presentes pensamentos de morte, impotência e até vontade de morrer. Com a queda de humor variam também os níveis de energia física. A pessoa se sente mais cansada fazendo menos esforço. Além disso, a qualidade do sono e do apetite muda. Pode haver mais sono ou insônia; comer menos ou demais para compensar ou mascarar a si mesmos as emoções com as quais não se consegue lidar. No dia-a-dia, a pessoa se percebe com uma sensação maior de cansaço, dificuldade de se concentrar e indecisão na hora de enfrentar compromissos e até situações simples. No nível cognitivo, está presente uma tendência a ruminar pensamentos sem chegar a lugar nenhum. A depressão pode se manifestar numa gama muito grande de gradações. Em algumas pessoas os distúrbios são graves e se arrastam há muito tempo, em outras podem ser iniciais e/ou transitórios, devidos a situações pontuais. Antes de passar a fazer uso de remédios alopáticos para tratar dos sintomas depressivos, vejamos algumas atitudes e atividades que vão promover o bem-estar geral ou até mesmo levar a pessoa a encontrar novas soluções e realizações pessoais. 1. Fazer exercício. Feitos com regularidade, o exercício físico ajuda a aliviar os sintomas de depressão e ansiedade pela liberação de endorfinas, os hormônios do se sentir bem; afasta a mente dos problemas; melhora a autoconfiança e a interação social. E, sobretudo, é uma forma saudável de cuidar de si e superar a depressão. 2. Sol! A exposição moderada ao sol é conhecida por ter vários benefícios na saúde, além de fortalecer os ossos e melhorar o sistema imunológico, também favorece noites mais bem dormidas e um melhor humor. 3. Manter um diário. Os benéficos de escrever um diário são: aumentar o seu quociente de inteligência; alcançar objetivos; encontrar paz; melhorar sua inteligência emocional; desenvolver mais memória e compreensão de sua realidade; fortalecer a autodisciplina; aumentar as habilidades de comunicação; cura. 4. Acupuntura. Em um estudo de 2013, os pesquisadores descobriram que a acupuntura que usa leves correntes elétricas transmitidas através das agulhas era tão efetiva como a fluoxetina (Prozac) no alivio dos sintomas de depressão. 5. Terapia. A cura pela fala oferece muitos benefícios, eles: alivia o estresse; lança uma nova perspectiva sobre os problemas; dá suporte para uma nova rotina de vida; desenvolve seu autoconhecimento e capacidade de expressar o que está acontecendo com você; descobre os sentidos que estão por trás dos sintomas; pode ajudar a encontrar novos caminhos de vida e realização pessoal, além de promover relacionamentos mais saudáveis e significativos. 6. Meditação. É tão eficaz a evitar a recaída quanto os antidepressivos, revelou um estudo publicado pela Archives of General Psychiatry. Segundo o Centro de Saúde Mental e Dependência, no Canadá, que elaborou o estudo, as taxas de recaída dos pacientes no grupo que recorreu a este método, não diferiram dos índices dos pacientes que receberam antidepressivos; já 70% dos pacientes que receberam placebos voltaram a apresentar sintomas de depressão. 7. Yoga. Fazer uma posição/exercício pode aliviar o stress e os sintomas de depressão. Vários estudos têm mostrado que praticar ioga reduz a hostilidade, ansiedade e depressão, ao mesmo tempo que melhora a energia, a qualidade do sono e bem-estar.