Saiba o que mudou em leis e escolas 1 ano após o tiroteio em high school de Parkland

Em relação à segurança escolar, policiamento, participação cívica, saúde mental e acesso a armas, o massacre de Parkland motivou a mudança - local, estadual e nacional. Mesmo assim, muitas campanhas para mudança continuam. Muitas escolas estão mais seguras, com mais guardas e acesso mais difícil. Mas o trabalho de fortalecimento dos edifícios e preparação para as ameaças não está completo. Quanto às armas, é um pouco mais difícil comprar um fuzil de assalto hoje, principalmente se a pessoa tem um histórico violento ou problemas psicológicos. Mas militantes pela reforma das políticas de armas não conseguiram tudo o que queriam. No topo, alguns líderes como o xerife de Broward, Scott Israel perderam seus empregos por causa de erros cometidos durante o massacre. Mas outros permanecem no cargo. A necessidade de responsabilização generalizada permanece. “O encanto acabou” – famílias brasileiras contam como o tiroteio em Parkland afetou suas vidas Veja o que mudou e o que ainda não mudou desde o massacre na Marjory Stoneman, segundo levantamento do Sun Sentinel. BUMP STOCKS: Um dispositivo que transforma rifles de assalto em metralhadoras foi proibido, primeiro na Flórida e depois resto do país. O Marjory Stoneman Douglas Public School Act, de março de 2018 da Flórida, proibiu os “bump stocks”, que permitem que um fuzil de assalto libere muito mais balas ao apertar do gatilho. No final do ano, o presidente Donald Trump anunciou a proibição nacional de sua venda ou posse. Quaisquer bumper stock existente deve ser destruído. Eles foram usados ??em outros tiroteios em massa, incluindo o massacre de 58 pessoas em um show em Las Vegas, em 2017. O atirador de Parkland não usou um, mas o tiroteio reacendeu a proibição. COMPRAS DE ARMAS: A Legislatura da Flórida elevou a idade mínima para comprar uma AR-15 para 21 na Lei MSD, que foi sancionada três semanas após o massacre. A lei também impôs um período de espera de três dias para os clientes comprarem rifles. Em janeiro, o deputado estadual Mike Hill, de R-Pensacola, entrou com um projeto de lei (HB 175) buscando anular as principais disposições da lei. “RED FLAG LAW”: A Flórida tornou-se o sexto estado a aprovar uma lei de “red flag”, autorizando que a polícia - com aprovação judicial - retire armas de pessoas que exibem comportamento violento. Antes que a lei fosse aprovada, uma pessoa violenta deveria ser julgada mentalmente pelos tribunais para perder suas armas. Depois do tiroteio em Parkland, a ideia pegou. Além da Flórida, outros sete estados e Washington, D.C., aprovaram leis “red flag” em 2018. No Congresso dos EUA, o Senador Marco Rubio, republicano da Flórida, reformulou um projeto de lei em janeiro que proporcionaria um incentivo financeiro aos estados que aprovassem essas leis. Um projeto de lei (SB 764) apresentado em janeiro pelo senador estadual Lori Berman, D-Boynton Beach, expandiria a nova lei da Flórida para permitir que membros da família solicitem aos tribunais a remoção de armas. O Florida Department of Law Enforcement disse que 1.202 ordens ativas de proteção - algumas temporárias e outras permanentes - foram emitidas em todo o estado. Somente no Broward Sheriff’s Department, as ordens de proteção foram usadas 96 vezes em menos de um ano. RIFLES DE ASSALTO: A proibição de rifles de assalto não se concretizou. O rifle é popular entre os atiradores em massa, incluindo a boate Pulse em Orlando e a Escola Elementar Sandy Hook em Newtown, Connecticut. Uma organização chamada Ban Assault Weapons NOW, liderada em parte por alguns familiares e amigos das vítimas de Parkland, está coletando assinaturas para uma emenda constitucional de 2020 na Flórida. Segurança nas escolas Antes do tiroteio, intrusos podiam entrar nos campi da escola sem nenhum problema. Sandra Rennie, professora do Marjory Stoneman Douglas High School, disse aos investigadores que Cruz apareceu no primeiro dia de aula em 2017, apesar de ter sido forçado a se retirar em janeiro daquele ano. Ele acabou sendo removido naquele dia pela segurança. Quando ele voltou em sua missão assassina no mês de fevereiro do ano seguinte, ele entrou direto no edifício 1200 com um saco de rifle na mão. PROTETORES: Cada escola pública na Flórida é obrigada a proteger os alunos com pelo menos um guarda de segurança armado, sob a nova Lei MSD. Os guardas estavam no local para o início do ano letivo em agosto passado. DINHEIRO PARA A SEGURANÇA: Os eleitores de Broward aprovaram em agosto o pagamento de policiais da escola e a equipe de segurança, entre outras coisas. O distrito começará a coletar o dinheiro em julho. ACESSO A ESCOLA: O trabalho para bloquear o acesso às escolas públicas de Broward não está completo. O distrito escolar disse que pretende usar cercas, fechaduras de portas de salas de aula, portões do campus e um único ponto de entrada para dificultar a entrada de um atirador na escola. Em meados de janeiro, 43 das 238 escolas ainda estavam trabalhando para restringir o acesso, de acordo com o distrito. Todos os portões do campus da escola devem ser mantidos trancados ou vigiados se estiverem abertos. Os professores foram ordenados a manter as salas de aula trancadas em todos os momentos. Os banheiros devem ser mantidos desbloqueados, para que os alunos possam se esconder neles se um atirador aparecer no corredor. CÓDIGO VERMELHO: O distrito escolar ainda não finalizou uma política formal sobre bloqueios escolares chamados de Code Red (Código Vermelho) durante as emergências de atiradores ativos. A nova política deixaria claro que qualquer funcionário pode criar o alerta. As escolas também não têm um sistema de intercomunicação ou comunicação que permita a todos os alunos e professores ouvirem o Code Red, se forem acionados. CÂMARAS DE VIGILÂNCIA: Todas as câmeras de vigilância nas escolas de Broward foram atualizadas para um sistema uniforme e agora podem ser vistas remotamente. Policiais do BSO agora são capazes de visualizar remotamente transmissões ao vivo das câmeras, durante emergências de segurança pública, decidiu a diretoria da escola no dia 15 de janeiro. Outras agências de policiamento em Broward, como o Fort Lauderdale Police Department, por exemplo, ainda não são podem fazer isso. O distrito pretende expandir a permissão para outras agências. STONEMAN DOUGLAS HIGH: Na escola onde ocorreu o tiroteio, a segurança aumentou. Cercas, portões, fechaduras, pessoal extra e mais de 100 câmeras de vigilância foram adicionados. Um funcionário é designado para monitorar as câmeras de vigilância em todos os momentos. SUPERVISÃO: Um novo Escritório de Segurança Escolar e Preparação para Emergências foi criado em Broward. Liderança Familiares das vítimas disseram que foi uma das tragédias mais evitáveis ??da história, mas porque tantas pessoas não trabalharam adequadamente, o atirador não enfrentou resistência. Com o passar dos meses, mais e mais pessoas se demitiram ou foram demitidas. SUPERINTENDENTE E CONSELHO: O superintendente das escolas de Broward, Robert Runcie permanece em sua posição, rejeitando os pedidos de alguns pais de Parkland que ele renuncie. O Gov. DeSantis disse que está investigando se ele pode remover Runcie, depois disse que poderia responsabilizar os membros do conselho escolar. A diretoria e a Runcie foram criticados por levar muito tempo para implementar mudanças após o tiroteio e por encobrir algumas reuniões ou atividades em sigilo. AMEAÇAS: Reportar comportamento ameaçador foi facilitado após o tiroteio em Parkland. O aplicativo de estado FortifyFL e o aplicativo Broward SaferWatch permitem que alunos ou outras pessoas denunciem ameaças usando seus smartphones. As denúncias podem ser enviadas anonimamente. Em D.C., Sen. Rubio apresentou um projeto de lei em 31 de janeiro que visa um método uniforme para identificar e responder a ameaças de perigo. Isso proporcionaria subsídios para esforços locais de avaliação de ameaças. SAÚDE MENTAL: Eleitores de Broward aprovaram a destinação de cerca de US $ 8 milhões para mais conselheiros, assistentes sociais e especialistas em comportamento nas escolas.