Samantha Di Khali: Ajudar ou não ajudar?

Por Samantha Di Khali

casulo-da-borboleta

Como saber se realmente estamos ajudando ou atrapalhando? Às vezes, o que parece ajuda acaba virando complicação. E como saber realmente o que se deve fazer e em que momento fazer? Conta uma velha lenda o seguinte:

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo de borboleta. Um homem que passava, sentou-se e ficou observando. Notou o trabalho que a borboleta realizava: ela se esforçava para fazer com o que seu corpo passasse através do pequeno buraco. Depois de muito observar, o homem percebeu que não estava fazendo nenhum progresso, então ele resolveu ajudar a borboleta. E, com a ajuda de uma tesoura, cortou o restante do casulo.

Com isso, a borboleta saiu facilmente. Mas notou que o corpo estava murcho era pequeno e suas assas estavam amassadas. O homem continuou observando. Ele esperava que a qualquer momento as asas dela se abrissem e esticassem para serem capaz de suportar o corpo e ela voasse. Mas nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passaria o resto da vida rastejando com o corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca será capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era a forma que a natureza tinha para fazer com que o fluído do seu corpo fosse para suas assas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

Essa pequena história é apenas para ilustra um ato. Ajudar é muito nobre. Mas a sabedoria está em entender quando estamos ajudando ou prejudicando alguém. O crescimento passa, sim, pela a luta na quebra de barreiras, limites e, muitas vezes, isso será necessário para sair fortalecido e “voar”. Tenha certeza que nem sempre as dificuldades são em vão.