Satélite para detectar furacões funciona precariamente

Por Gazeta Admininstrator

O satélite QuikSCAT, considerado fundamental para manter previsões precisas sobre a chegada de furacões, está “mal das pernas” e pode sofrer uma pane a qualquer momento. A afirmação é de Bill Proenza, diretor do Centro Nacional de Furacões (National Hurricane Center).

Sem o QuikSCAT, a precisão das previsões pode sofrer perdas de 10% a 16%, de acordo com a antecedência da previsão.

De acordo com Proenza, o problema real é que repor o satélite pode custar de $375 a $400 milhões e, atualmente, não há previsão de fazer isso. A estimativa é de que leve de três a quatro anos para lançar outro satélite meteorológico ao espaço.

O anúncio de Proenza foi feito um dia depois de prognósticos de uma temporada “muito ativa”de furacões, com previsão de 17 tempestades nomeadas, incluindo nove furacões.

Seja a temporada ativa ou não, Proenza afirma que esse é um momento ruim para que o centro de furacões perca qualquer ferramenta tecnológica por causa do contínuo crescimento da população litorânea. Ele observa que 53% da população norte-americana atualmente vive ao longo de 50 milhas de costa, e que essa população necessita de alertas com a maior antecedência possível.

- Nós temos que ter condições de oferecer alertas com antecedência para permitir que as áreas ocupadas sejam evacuadas a tempo – alerta.

Segundo Proenza, a situação na qual se encontra o satélite é um exemplo de como programa de proteção contra furacões do País está carente de fundos. Enquanto o National Hurricane Center em Miami-Dade opera com orçamento de $5.8 milhões, “várias dezenas de milhões de dólares” são necessárias para permitir apropriadas pesquisas sobre furacões e introduzir novas tenologias como ferramentas de meteorologia.

- Eu realmente percebo que o montante que tem sido infestido no programa de furacões não está no mesmo nível da vulnerabilidade desta nação – disse.

A National Oceanic and Atmospheric Administration (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), agência irmã do Centro de Furacões, pediu ao Congresso a liberação de $3.8 bilhões para 2008, dos quais $2 milhões serão aplicados especificamente na melhoria das previsões sobre a intensidade de furacões.