Saúde Bucal da Família: Os pequenos! - Viver Bem

Por Gazeta News

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A prevenção da cárie dentária, através do controle da dieta, pode ser desenvolvida desde a vida intrauterina, especificamente a partir do quarto mês de gestação – período em que se inicia o desenvolvimento do paladar do bebê. Dessa forma, os hábitos alimentares da mãe poderão proporcionar uma melhor condição de saúde bucal para o seu filho. Hábitos saudáveis são fundamentais, como, por exemplo, hábitos de higiene e alimentação balanceada, incluindo a diminuição do consumo de produtos açucarados, principalmente os industrializados.

A SAÚDE BUCAL DO BEBÊ:

A limpeza da cavidade bucal do bebê deve ser iniciada antes mesmo da erupção dental, com a finalidade de remover o leite estagnado em seu interior e nas comissuras labiais, massagear a gengiva e acostumá-lo à manipulação da boca. Para tanto, pode ser usada uma dedeira, gaze, ou uma fralda macia embebida em água filtrada que deve ser esfregada delicadamente na gengiva.

Esse procedimento prepara o ambiente ideal para a chegada dos dentes e habitua crianças ao ato da higiene. Em situações onde não seja possível realizar a limpeza, ofereça água após a alimentação. Não podemos perder de vista que os bebês, em geral, resistem à limpeza dos dentes, o que leva muitos responsáveis a desistirem dessa tarefa. É importante que essa reação seja vencida pela persistência. Para tanto, é necessário se assegurar de que a escovação não esteja machucando a boca da criança. Com isto assegurado, resta o desafio exigido pelo cuidado de bebês e crianças a fim de proporcionar-lhes boas condições de desenvolvimento, ou seja: criatividade para lidar com as “resistências” infantis!

Em muitas crianças, a erupção dos dentes decíduos é precedida pelo aumento da salivação e irritabilidade durante o dia. Nesta época, a criança pode intensificar o hábito de chupar o dedo ou de friccionar a gengiva, perder o apetite ou apresentar alterações gengivais. A mãe pode proporcionar-lhe algum alívio oferecendo um mordedor de borracha ou massageando sua gengiva com o dedo limpo. Febre e diarreia também podem ocorrer de forma associada ao nascimento dos dentes, mas a mãe pode levar o bebê ao pediatra a fim de descartar a possibilidade de um problema mais sério. Essa sequência e cronologia de erupção dos dentes representam um valor estatístico médio, mas não quer dizer que deva ser exata e invariável num mesmo indivíduo ou de um indivíduo para outro. Inversões nem sempre representam uma manifestação patológica e os desvios de 3 a 4 meses são limites considerados normais.

A CÁRIE:

As cáries nos dentes dos bebês ocorrem da mesma maneira que na boca dos adultos e ainda com o agravante de que todos os dentes são mais susceptíveis à cárie quando erupcionam, pois ainda não estão com a calcificação completa. Por volta dos 16 meses de vida, a erupção dos primeiros molares decíduos é um marco caracterizado por aumentar as regiões de retenção da placa bacteriana, sendo, portanto, uma fase de maior suscetibilidade à doença cárie. O bebê não tem condições de limpar seus dentes! Se estes não forem limpos, a placa bacteriana presente vai produzir os ácidos que atacam os dentes. Nesta fase, recomenda-se utilizar escovas dentais infantis, pois dedeiras e gaze não removem adequadamente a placa bacteriana da superfície oclusal dos dentes. Deve-se lembrar que a quantidade de creme dental deve ser mínima, correspondendo aproximadamente a dois tufos de cerdas da escova, pois grande parte dele é ingerida, havendo risco de ocorrer fluorose.(Se manifesta principalmente pela alteração de cor do esmalte, que pode assumir uma tonalidade esbranquiçada ou exibir pequenas manchas ou linhas brancas. Nos casos mais graves, adquire uma coloração acastanhada ou marrom, podendo haver perda de estrutura dental; nesses casos, torna-se mais friável, mais fácil de desgastar fisiologicamente).