A secretária de Justiça em exercício, Sally Yates, foi demitida nesta segunda-feira, 30, pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O motivo: horas antes, Yates se recusou defender nos tribunais a ordem que proíbe a entrada de cidadãos de sete países com maioria muçulmana no Estados Unidos.
Em um comunicado da Casa Branca, Trump afirmou que Yates "traiu" a administração. Por sua vez, a ex-secretária, em carta enviada a funcionarios do Departamento de Justiça, reafirmou seu posicionamento.
“Eu sou responsável por assegurar que as posições que adotamos nos tribunais se mantenham consistentes com a obrigação solene desta instituição de sempre buscar a Justiça e defender o que é certo e neste momento não estou convencida de que a defesa desse decreto é consistente com essas responsabilidades, nem estou convencida de que a ordem é legal”, disse.
No lugar de Yates, Trump nomeou Dana Boente, que afirmou que cumprirá as ordens do presidente de impedir a entrada no país por 90 dias de cidadãos de sete países de maioria islâmica e interromper o recebimento de refugiados de todo o mundo por 120 dias de manter suspenso o programa para os sírios que fogem da guerra civil de maneira indefinida.
A pesar da mudança no comando da Secretaria de Justiça, Trump enfrenta resistência também fora da Casa Branca. O número de ações judiciais contra o decreto cresce e já há decisões que suspendem sua aplicação de maneira parcial. Procuradores-gerais de 16 Estados já anunciaram que questionarão a medida.
Com informações da CNN.
