Segundo a ONU, imigrantes beneficiam tanto aos países de origem quanto aos que se dirigem.

Por Gazeta Admininstrator

Vários estudos mostram que a imigração é favorável tanto para o país que recebe como para aquele donde precedem os imigrante, afirmou nesta terça-feira (6) a ONU em um informe que pretende acabar com o desprestígio do fenômeno.

A pesquisa apresenta uma visão mais positiva dos 191 milhões de imigrantes registrados em 2005, e em grande medida bate de encontro aos acalorados debates políticos que têm sacudido a França e a outros países europeus, assim como os EUA, onde o Congresso analisa, atualmente, qual será o destino dos cerca de 12 milhões de imigrantes ilegais.

“O levantamento tem uma firme defesa de que a imigração internacional, apoiada pelas políticas corretas, podem ter enormes benefícios para o desenvolvimento dos países de origem destes imigrantes quanto aos de chegada” avaliou o secretário geral Kofi Annan ao apresentar a pesquisa na Assembléia Geral da ONU na tarde desta terça-feira(6).

O documento com 90 páginas aparece três meses antes da reunião que será realizada entre os 191 membros da Assembléia Geral, que terá como objetivo a analise da implantação de uma coordenação destinada às políticas de imigração.

O documento tem como propósito incentivar os Estados das Nações Unidas à adotarem uma maior ação sobre a imigração. Oferece propostas para reduzir o tráfico de pessoas, diminuir os custos de envio das remessas e elucidar novos caminhos para que os cidadãos com grande capacitação curricular retornem ao seus países.

No entanto, muito dos projetos específicos apresentados no documento não são novos. Porém ele oferece uma inusitada visão, mais ampla, da imigração e reúne dados de cerca de 100 estudos publicados desde 1981.

Contudo, mesmo que se evite um aspecto político, o documento reconhece os desafios que a imigração pode provocar, como a redução de salários, em algumas nações européias em que os salários são fixos.

“Os governos enfrentam o dilema de que sua população não aceita necessariamente os estrangeiros”, disse um alto funcionário a Onu, que pediu para não ser identificado porque não queria desfocar a atenção sobre a mensagem de Annan.