Segundo menor brasileiro deixa abrigo após ordem de juiz em Chicago

Por Gazeta News

Sirley e o filho após o reecontro Foto Chris Sweda Chicago Tribune)
[caption id="attachment_169574" align="alignleft" width="369"] Sirley e-o filho após o reecontro. Foto-Chris-Sweda-Chicago-Tribune.[/caption] Pela segunda vez em uma semana, um juiz federal em Chicago ordenou que um menino brasileiro se reunisse com sua mãe depois da separação na fronteira sul dos Estados Unidos. Na última quinta-feira, 5, foi a vez da brasileira Sirley Paixão sorrir largamente e abraçar o filho Diego, de 10 anos, depois de 42 dias longe do garoto. Mãe e filho foram separados pelos funcionários da alfândega em 24 de maio próximo a Santa Teresa, Novo México, quando entraram ilegalmente nos EUA em busca de asilo. O juiz distrital Manish S. Shah emitiu a ordem durante uma breve audiência ainda na quinta-feira e ela pode se juntar novamente ao garoto que estava em um abrigo em Chicago administrado pela Heartland Alliance, onde estão outros menores brasileiros e um dos abrigos visitados por ministros brasileiros. Ao Chicago Tribune, Diego disse logo após reencontro que jogou futebol e assistiu à Copa do Mundo enquanto esperava para ver o que aconteceria com seu caso. Ele seguiu com a mãe para a área de Boston, onde ficarão com parentes. Brasileira tenta tirar filho de abrigo após cruzar fronteira dos EUA A brasileira disse que tinha problemas para comer e dormir nos dias que antecederam a audiência, mas valeu a pena estar junto novamente com seu filho nos EUA. "Estou aliviada por ter meu filho em minhas mãos agora", disse ela. "Parece que um fardo foi liberado dos meus ombros." O caso foi mais um de imigrantes separados e que entraram com processo contra o serviço de imigração e o governo americano. Ela se declarou culpada de uma acusação de contravenção de tentar entrar ilegalmente no país, disse um de seus advogados, Jesse Bless, e foi sentenciada a cumprir pena. Segundo o advogado, a detenção e a separação foram implementadas sob a política do governo de "tolerância zero", que estava em vigor na época. Seu pedido de asilo continua pendente. Um advogado do governo dos EUA e funcionários da alfândega disseram ao juiz que não sabem exatamente quantas crianças brasileiras imigrantes estão sendo mantidas em abrigos de Chicago, mas que várias estão sendo mantidas juntas por causa de considerações de linguagem e familiaridade. Fronteira: Juiz ordena que crianças sejam entregues às famílias em até 30 dias O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, esteve em Chicago na quinta-feira, visitando algumas das crianças presas em abrigos, inclusive onde estava o garoto. Ele também planeja se reunir com funcionários consulares sobre a situação, de acordo com um comunicado de imprensa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Primeiro a ser liberado O juiz disse que o caso de Paixão reflete de perto a situação de Lidia Souza e seu filho, Diogo, 9, que também foram separados após cruzarem ilegalmente a fronteira EUA-México no final de maio. Shah na semana passada ordenou que Diogo fosse liberado para ficar com sua mãe. "Meu pensamento sobre isso não mudou", disse o juiz. Com informações do Chicago Tribune.