Segurança alimentar - Pense Green

Por Fernando Rebouças

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A segurança alimentar é composta por normas que ditam a produção, o transporte e o armazenamento de alimentos; dentro de características físicas, microbiológicas, e sensoriais num padrão que determina a adequação do alimento para o consumo. A segurança alimentar é mantida por meio de regras internacionais que atendam demandas comerciais e sanitárias. Essa compreensão justifica a existência de barreiras sanitárias entre países, quando um determinado país não aceita a importação ou logística de um tipo de alimento produzido em outro país.

A segurança alimentar também considera as condições da produção atender um determinado nível de demanda alimentar. Em 2012, foi detectado que as colheitas de cereais tiveram um declínio em países como Argentina, Brasil, México e América Central. Além da produção, fatores socioeconômicos também são levados em conta, como a persistente crise econômica que atingiu diferentes países, principalmente os EUA e a Europa, no período de 2008 a 2012. Em 2012, iniciou-se um debate sobre a capacidade de governos manterem o acesso ao alimento para as populações menos favorecidas, em cenários de desemprego e recessão.

Sabemos que menores taxas de crescimento econômico desaceleram a economia, a geração de emprego e renda, comprometendo o acesso ao alimento. Em 2012, segundo Boletim Trimestral de Segurança Alimentar apresentado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), no primeiro trimestres, a persistência da crise da zona do Euro comprometeria o aquecimento das economias emergentes, responsáveis pelo movimento econômico mundial.

Esse cenário, ao comprometer as taxas de crescimento em diferentes países, implicaria na oscilação do preço dos alimentos e de produtos básicos. Em 2011, segundo o Banco Mundial, houve um crescimento de 6,6% das exportações mundiais e, apesar da crise, esse fator reduziu o preço dos alimentos em 10% no período de junho a dezembro de 2011.

Entre os anos 2010-2011, o açúcar teve o seu preço reduzido em 18%, os óleos com uma queda de 14%, os cereais, uma redução de 8%, e os lácteos de 3% de queda.Os estudos sobre a segurança alimentar consideram a dinâmica do mercado de cada país com a formação de preço. Em 2011, o estoque mundial de cereais foi estimado em dez milhões de toneladas a mais em comparação com o ano de 2010, indicando uma estimativa de 2,323 bilhões de toneladas de cereais para o período de 2011-2012.