Segurança: é preciso falar sobre o uso do cinto e assentos infantis nos veículos

Por Arlaine Castro

Com as recentes e trágicas mortes de duas meninas, de 2 e 5 anos, irmãs, que morreram em um acidente na I-95 em Deerfield Beach no domingo, 28 de abril, falar sobre a importância do uso de assentos para crianças e cintos de segurança, mesmo que pareça “chover no molhado”, se torna mais que necessário. Preservar a integridade física da criança durante o transporte em veículos é imprescindível. Por isso, é importante o uso das cadeiras apropriadas ao tamanho e ao peso da criança e que se adaptem devidamente ao automóvel. Além disso, depois das cadeiras, os cintos, é claro. Mas nem sempre essa atitude óbvia acontece. No caso do acidente citado, as duas crianças não estavam protegidas. Akeena Avanel Bennett, de 2 anos de idade, morreu no domingo, 26 de abril, e Keanna Ariel Bennett, 5 anos, ficou ligada a aparelhos no Broward Health Medical Center, em Fort Lauderdale, mas morreu na segunda-feira, 29. Nenhuma das duas estava em um assento apropriado para as suas idades, segundo a Florida Highway Patrol. Acidentes de carro são a causa número um de morte e ferimentos em crianças nos Estados Unidos, segundo o CDC. A Associação Americana de Automóveis relata que, quando comparado com o uso do cinto de segurança, o uso de restrições de segurança especificamente projetadas para crianças, como assentos de carro, pode reduzir o risco de ferimentos em até 82%. Nos EUA, as leis sobre assento de carro e cinto de segurança variam por estado. De acordo com a lei da Flórida, qualquer criança com 5 anos ou menos precisa andar no carro em uma cadeirinha testada contra acidentes. Depois, de acordo com a idade, passa para assento elevado e posteriormente, o cinto de segurança. A lei da Flórida define sobre uso de cadeirinha por idade: Idades 0-3: As crianças devem usar um dispositivo de transporte separado ou uma cadeira de criança integrada do fabricante. Idade 4-5: As crianças devem usar uma transportadora separada, uma cadeira de criança integrada ou um assento de elevação infantil. Crianças de 6 a 17 anos: as crianças devem estar usando o cinto de segurança. Mortes por falta de cinto ou dispositivo de segurança Na Flórida, em média, 41% das pessoas que morreram em acidentes em veículos não estavam usando o cinto, segundo o FHP. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) citados pelo Departamento de Trânsito (DETRAN), o Brasil reduziu em 36% o número de mortes de crianças (0 a 10 anos) no trânsito na última década após os dispositivos de retenção para crianças de 0 a 7 anos se tornaram obrigatórios. Há estudos que comprovam que se o equipamento for utilizado corretamente reduz em 71% o número de mortes de bebês de colo e em 54% as mortes de crianças com menos de 5 anos. Só de lembrar que gerações inteiras até o início dos anos 2000 andavam na parte de trás dos carros - que ainda tinha um apelido - “cachorrinho”- sem cinto ou qualquer tipo de segurança - essa obrigatoriedade foi um ganho. Não tem erro. Para garantir a segurança, o primeiro passo é encontrar o assento de carro certo com base na idade, peso e altura da criança.