Os brasileiros Sérgio Halaban e André Zatz inovam e criam um novo jogo de tabuleiro onde uma pitada de “jeitinho brasileiro” conta bastante no desenrolar da partida. O novo entretenimento chama-se: Jogo da Fronteira. Ele foi lançado na Alemanha, atualmente o maior mercado de jogos de tabuleiro no mundo. Custa cerca de 20 euros e o objetivo principal é passar pela alfândega com maior número de contrabando possível, sem desapertar suspeita do fiscal. O jogo está programado para ganhar as prateleiras brasileiras nos próximos meses. Porém, não será o único politicamente correto, junto a ele, a dupla lançará a Corrida Presidencial. Nesse jogo o participante se tornará um coordenador de uma campanha política, podendo, entre outras coisas, fazer caixa dois com o dinheiro de empresários. “ Fizemos esse jogo há dez anos, na época, nem existia essa história de mensalão. Estamos relançando com novas regras, mas o dinheiro dos empresários sempre existiu”, diz Zataz, um dos criadores, que já elaborou mais de 30 jogos. Em Eleição Presidencial o vencedor será aqueles que conseguir mais votos. Para tê-los o participante terá que percorrer Estados, subir em palanques, fazer alianças e principalmente cuidar do caixa da campanha. O jogador não é o candidato, ele será o tesoureiro, agindo nos bastidores. Quanto ao Jogo da Fronteira, um dos jogadores será o fiscal e os demais serão os turistas. “Na Europa, por incrível que pareça, houve menos resistência aos jogos politicamente incorretos que no Brasil. Talvez porque a realidade das trapaças é muito mais presente para os brasileiros. O telhado de vidro pesa”, diz Zatz.