Senado anuncia acordo na reforma migratória

Por Gazeta Admininstrator

Os líderes democratas e republicanos chegaram na tarde desta quinta-feira(6) a um acordo para a reforma migratória, que inclui a legalização de parte dos imigrantes indocumentados.

Negociado pelos republicanos Chuck Hagel e Mel Martínez, terá ainda que ser votado em plenário nas próximas 24 horas. Se aprovado, vai facilitar o caminho para a legalização e eventual concessão de cidadania para um número estimado em 7 milhões de imigrantes.

Para receber o benefício, os imigrantes teriam que pagar uma taxa de US$ 2 mil e demonstrar que trabalharam pelo menos três anos consecutivos no país. Também será preciso comprovar o pagamento em dia de impostos estaduais e federais, ficha penal limpa, falar inglês e conhecer a história dos EUA.

A iniciativa Hagel-Martínez divide os imigrantes em três categorias e dá preferência aos que estão há mais de cinco anos nos EUA. Calcula-se que o critério alcance aproximadamente 7 milhões do total de 12 milhões que vivem no país.

Quem tem de dois a cinco anos nos EUA (cerca de 3 milhões) teria que sair dos país e se dirigir a um ponto de entrada, onde entraria com um pedido de permissão temporária de trabalho, para no futuro poder solicitar sua regularização.

Os indocumentados com menos de dois anos no país teriam que voltar para seus países de origem.

O novo acordo, que provocou o protesto de vários grupos pró-imigrantes, também aumenta de 290 mil para 450 mil o número de cartões de residência permanente, mas apenas por um período de dez anos.

A Coalizão Nacional para a Imigração (NCIC), da área de Washington, afirma que o novo plano não é uma solução integral nem justa.

- Quem está aqui há menos de cinco anos jamais se inscreveria num programa que não oferece garantias e que expõe a mais marginalização e exploração- disse Jaime Contreras, presidente do grupo.

Qualquer lei que saia do Senado terá que ser harmonizada com outra, mais punitiva, aprovada no dia 16 de dezembro pela Câmara de Representantes.