Senado inicia debate formal sobre reforma migratória

Por Gazeta News

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O Senado dos EUA votou, no dia 11, por 82 a 15,  a favor do início imediato dos debates sobre o projeto de lei de imigração, o que impede que os adversários utilizem recursos processuais para atrasar ou mesmo derrubar o projeto. Com isso, foi aprovada a segunda etapa processual fundamental que inicia a discussão de emendas para modificar o plano de reforma.

A primeira, aprovada horas antes, será debatida nas próximas três semanas e permite a legalização e eventual cidadania de cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos EUA, além de aumentar a vigilância na fronteira com o México, entre outros elementos.

Entre os que votaram contra o início do debate estão os senadores republicanos Mike Lee, de Utah; Ted Cruz, do Texas; Jeff Sessions e Richard Shelby, ambos do Alabama, e David Vitter, da Louisiana. Votos dos republicanos Dos republicanos que votaram a favor, estão Jeff Flake, do Arizona; Lindsey Graham, da Carolina do Sul; e Marco Rubio, da Flórida, todos membros do “Grupo dos Oito”, o grupo bipartidário que elaborou o projeto de lei desde janeiro, e apresentou em abril.

Um dos principais pontos de discórdia foi a exigência republicana de condicionar a legalização à segurança fronteiriça, de modo que o Departamento de Segurança Nacional demonstre o “controle operacional” quase absoluto em toda a área.

O projeto de lei já foi aprovado pelo Comitê Judicial do Senado, no dia 21 de maio, após um debate que se prolongou por três semanas e no qual foram adotadas 136 emendas, de um total de quase 300.

Entre seus principais componentes, a iniciativa estabelece o reforço da segurança fronteiriça; um período de 13 anos para a legalização e eventual cidadania dos imigrantes ilegais; sanções para empresas que, com pleno conhecimento, contratem trabalhadores imigrantes indocumentados, e aumento de vistos para estrangeiros altamente qualificados e para trabalhadores agrícolas.

Obama pede aprovação antes do segundo semestre

Horas antes do senado decidir se prosseguiria ou não com os debates pela reforma imigratória, o presidente Barack pediu que o Congresso aprove a lei da reforma migratória antes do segundo semestre.

“Não há razão para que o Congresso não possa votar até o fim do verão”, disse Obama, em um discurso na Casa Branca para estimular a reforma, uma das principais apostas do seu segundo mandato. “O Congresso deve agir e o momento é agora”, enfatizou o presidente, cercado de simpatizantes da lei e jovens em condição imigratória irregular. O otimismo de Obama contrasta com as expectativas do chefe da maioria republicana na Câmara dos Representantes, John Boehner, que espera que o debate se prolongue por mais alguns meses.

“Creio que no final do ano poderemos ter uma lei aprovada pelo Congresso e assinada pelo presidente”, disse Boehner, em uma entrevista concedida no mesmo dia à “ABC”.

A reforma imigratória inclui, entre outros itens, avanços na segurança das fronteiras, programas de vistos a trabalhadores qualificados e concessão de cidadania americana a mais de 11 milhões de imigrantes em situação irregular.