Senado norte-americano veta aumento do salário mínimo.

Por Gazeta Admininstrator

Em um ano eleitoral, o Senado, controlado pelos republicanos, liquidou uma proposta de aumento do salário mínimo, rechaçando os argumentos dos democratas de que já era tempo de elevar o piso de $5,15 para $7,25 por hora em um período de dois anos e dois meses.

A votação de 52-46 terminou a oito votos dos 60 necessários para sua aprovação, de acordo com as regras da casa, e ocorreu um dia depois que os líderes republicanos da Câmara deixaram claro que não pretendiam permitir um voto a favor, temendo que fosse aprovada.

O voto do Senado marcou história em 1997, quando os democratas propuseram o aumento do mínimo e os republicanos bloquearam a aprovação.

“Os norte-americanos acreditam que ninguém que trabalhe duro para subsistir deveria viver na pobreza. Um emprego deveria tirar a pessoa da pobreza, não mantê-lo nela”, disse Edward Kennedy, democrata por Massachusetts. Ele acrescentou que o trabalhador que recebe $5,15 por hora ganharia $10.700 anuais, “quase $6 mil abaixo da linha de pobreza para uma família de três”.

Kennedy acrescentou que o salário anual dos legisladores aumentou quase $30 mil desde o último aumento do salário mínimo.

Os republicanos argumentaram que o aumento do mínimo terminaria prejudicando aos trabalhadores de salários baixos a quem os democratas afirmam querer ajudar. “Cada aumento que se faça do salário mínimo, custará alguns empregos”, argumentou o senador Johnny Isakson, republicano da Geórgia.

A medida recebeu o apoio de 43 democratas, oito republicanos e um senador independente. Quatro destes, sendo oito republicanos estão tentando reeleger-se neste outono.