As igrejas evangélicas dos Estados Unidos poderão ser obrigadas a abrir suas contas para averiguação dos Senadores. Esta é a questão que está em debate em todo o País, depois que duas das maiores igrejas evangélicas que mantêm programas na TV - as chamadas igrejas eletrônicas - concordaram em abrir suas contas e, assim, se defender da alegação do Senado de que “gastam suntuosamente” o dinheiro obtido através da fé. Mas outras quatro igrejas pretendem ir aos tribunais na defesa do seu sigilo contábil.
A iniciativa de investigar o também chamado “tele-evangelismo” partiu do Senador de Iowa, Chuck Grassley. Ele quer que as seis maiores igrejas evangélicas dos EUA revelem os salários de seus ministros, os gastos com jatinhos, com mansões, para checar se a isenção de impostos oferecida pelo governo a tais igrejas está sendo “moralmente respeitada”.
Por enquanto chegaram ao gabinete do Senador apenas documentos do pastor Kennethe Gloria Copeland, do Texas, e da bispa Joyce Meyer. Mas duas mega organizações da Geórgia, dos pastores Creflo Dollar e Eddie Long resolveram ir na contramão: montaram uma rede de consulta a advogados de todos os EUA, na tentativa de provar que as garantias constitucionais dadas às igrejas proíbem que o Senado as investigue dessa forma. Sustentam que não há lei nos Estados Unidos que obrigue as igrejas de abrirem o seu sigilo contábil.

