Sertão não tem sossego em São Caetano

Por Gazeta Admininstrator

O pugilista e novo campeão mundial dos penas, Valdemir Sertão Pereira só não dormiu abraçado com o cinturão, porque “a minha mulher (Sara) ficaria com ciúme.” O prêmio de campeão ficou na cabeceira da cama, na primeira noite que passou em sua casa com a mulher, em São Caetano do Sul.

Eufórico com o novo status de estrela, Sertão mal conseguiu dormir direito com tantas solicitações de entrevistas, telefonemas... pela madrugada afora. E está adorando a badalação. Fez questão de tirar uma foto com uma funcionária do banco, seu primeiro compromisso desta segunda-feira, onde esteve para pagar os três meses de aluguel atrasado, graças à bolsa que recebeu por ter sido campeão (US$ 25 mil). Só de aluguel da casa, de quarto, sala, cozinha e banheiro, que fica nos fundos de um estabelecimento comercial, ele paga R$ 450 por mês. “Minha vida já começou a melhorar”, comemorou.

Tirou a barriga da miséria no domingo, quando voltou dos Estados Unidos. Desta vez, o prato não foi o macarrão com farinha que ele tanta queria. Com o telefone tocando sem parar, ela não conseguiu preparar o almoço. Foram a um restaurante, com rodízio de carnes, no ABC. “Comi muito... picanha, costela, tudo bem gorduroso, com farinha. Não pode faltar. E tomei bastante refrigerante”, contou ao explicar que para manter-se no peso pena (até 57,153kg) ele precisa fazer um regime forçado. Prometeu aproveitar os 15 dias que terá de folga para se fartar.

Mas nesta segunda-feira, às 18h30, ele não tinha sequer almoçado – beliscou um pedaço de lasanha de um repórter –, por conta do assédio da imprensa. Pensou que acordaria tarde. Mas foi acordado às 8 horas por um amigo. “É, assim mesmo... Se Deus quiser será sempre assim....campeão.”

Sua mulher reclama de não ter um tempinho para namorar o marido. “Estou tentando ficar sozinha com ele um pouquinho, mas está difícil... o telefone não pára de tocar”, disse Sara, que é cabeleireira e conseguiu folga do salão.

O campeão, agora, só pensa em rever a sua família, em Cruz das Almas, na Bahia, cidade natal. Faz dois anos que ele não aparece por lá. “Falta muito pouco...acho que sexta já estarei lá.” A passagem aérea será financiada por um vereador de Cruz das Almas.