Sete membros do Hamas morrem em retaliação israelense

Israel matou pelo menos sete membros do Hamas, numa ampla retaliação a um ataque com mísseis artesanais ocorrido na véspera. As operações aéreas marcam uma retomada da política de assassinatos seletivos, enquanto a trégua instituída há cinco meses entre palestinos e israelenses se deteriora rapidamente.

Uma jovem israelense, filha de um brasileiro, morreu no ataque com foguetes Qassam num kibutz no sul do país na quinta-feira. Os disparos foram seguidos dos piores choques em muito tempo entre radicais e a polícia palestina. Dois cidadãos palestinos foram mortos por balas perdidas.

Nesta sexta-feira, Israel entrou em ação, com uma série de ataques aéreos em Gaza ainda antes do amanhecer. Horas depois, três membros do Hamas morreram, perto do assentamento judeu de Ariel, na Cisjordânia, num ataque com helicóptero. Quase simultaneamente, um míssil acertou um carro na cidade de Gaza, matando os quatro ocupantes - integrantes do mesmo grupo radical palestino.

O Hamas reagiu à retaliação de Israel com declarações de fúria, dizendo que "abriram-se as portas do inferno" e que está reconsiderando seu compromisso com o cessar-fogo.

A escalada de violência é uma das mais graves desde a declaração do fim das hostilidades pela Autoridade Palestina e o governo de Israel, em fevereiro. Os episódios podem prejudicar o plano israelense de retirada dos assentamentos da Faixa de Gaza, no mês que vem.