Síndrome do Pânico - O mal da vida moderna

Por Samantha Di Khali

_E8A1068
Com os mais terríveis acontecimentos que estão ao nosso lado não tem como não ficarmos a beira de um ataque, mas as vezes vai muito mais além do que apenas um ataque, as vezes entramos em choque profundo. Conversando sobre esse assunto com o psiquiatra, Dr. Leonard F. Verea que já foi Presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose Clínica e Dinâmica, com especialização em Medicina Psicossomática e Hipnose Clínica. A depressão, ansiedade e ataques de pânico não são mais sinais de fraqueza. São mais comuns do que se imagina, e muitas pessoas passam por isso em algum momento da vida quando se sentem no limite, acuadas, porque o organismo perde a capacidade de analisar o perigo real e responde como se a ameaça fosse total. Caracterizada por crises súbitas de depressão e ansiedade que duram entre 10 e 20 minutos e geram sensações de desmaio, vertigem, taquicardia, suor, enjoo, entre outras, a Síndrome do Pânico é caracterizada como uma doença da vida moderna, fruto da vida urbana nas cidades em que vivemos sempre sob pressão. Caracteriza-se por um estado evolutivo de ansiedade e depressão, resultando em um processo de isolamento do convívio social. Pessoas que sofrem traumas e apresentam quadros pós-traumáticos como consequência direta de assaltos, roubos, sequestros, entre outros, acabam adquirindo este mal. As pessoas que sofrem estes traumas acabam apresentando quadros dramáticos em que não conseguem fazer nada sozinhas, ficam apavoradas com a falta de luz ou lugares escuros, não conseguem andar sozinhas nas ruas, precisam de ajuda até para tomar banho. O paciente com pânico sente, normalmente, rapidez dos batimentos cardíacos, sudorese, medos incontroláveis, como o medo de morrer, angustia de sair de casa, de perder os entes queridos, de trabalhar entre outros. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente produzem, como efeito colateral, como vergonha e baixa estima. Uma crise é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém. Uma das abordagens mais atuais na cura das fobias é o tratamento com Hipnose Dinâmica, que se propõe a buscar no inconsciente as "causas" da fobia para extingui-la definitivamente. Permite que uma pessoa em estado alterado de consciência possa ter acesso a recordações de situações anteriores, sem perder a consciência, porém, com a concentração focalizada, o que não deixa que elementos externos interfiram no processo hipnótico. O inconsciente não está limitado pela lógica, espaço e tempo, podendo lembrar-se de tudo. A mente pode comentar criticar, censurar e a pessoa não perde o controle do que diz. “Neste estado alterado de consciência é que a pessoa resgata lembranças que possam estar influindo negativamente na sua vida presente e que, provavelmente, seja a fonte de seus problemas”, explica Dr. Leonard. Diante de tantos tratamentos para este mal, a terapia com essa técnica trabalha por meio de uma mudança no modo de pensar, agir e sentir, em que é possível aprender a controlar adequadamente essa sensação e minimizar fatores psicossomáticos.