As últimas armas químicas de Damasco declaradas à comunidade internacional finalmente deixaram a Síria, no dia 23, após meses de atraso. O anúncio foi feito pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
A Síria já havia se desfeito de cerca de 92% das 1.300 toneladas de armas químicas que declarou sob um acordo russo-americano endossado pela ONU e que previa a destruição de todo o arsenal químico sírio até 30 de junho.
Após vários meses de atraso, os 8% restantes deixaram o porto de Latakia, nesta semana, em um navio dinamarquês que deve transportar os produtos mais perigosos até um navio americano especialmente concebido para realizar a sua destruição.
Os produtos tóxicos restantes estão em um mesmo local, onde foram armazenados há várias semanas, mas não podiam ser retirados por razões de segurança, segundo as autoridades sírias.
“A situação de segurança mudou e o governo sírio decidiu agir”, declarou Ahmet Uzumcu, diretor executivo da OPAQ.
A Síria aderiu à Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas em outubro de 2013, como parte de um acordo entre os Estados Unidos e a Rússia, que evitou uma intervenção militar americana após Damasco ser acusado de usar gás sarin em um ataque que provocou mais de 1.400 mortes.
A guerra civil na Síria já matou mais de 150 mil pessoas desde março de 2011, e a violência não dá sinais de trégua.