Só México supera o Brasil em remessa de dinheiro

Por Gazeta Admininstrator

Uma reportagem do diário econômico Financial Times afirma que as remessas de dinheiro de imigrantes para os países da América Latina cresceram 20% em 2004, totalizando US$ 45,8 bilhões.

A América Latina é o maior destino de remessas de um mercado mundial estimado em mais de US$ 120 bilhões, com México e Brasil liderando esse bilionário movimento. Estima-se que 25 milhões de latino-americanos estejam vivendo e trabalhando fora de seus países de origem, 90% deles nos Estados Unidos e na Europa.

Na América Latina, diz o jornal, pelo menos “US$ 8 bilhões (desses imigrantes) reforçam as economias ou investimentos, contribuindo significativamente para as perspectivas econômicas da região a longo prazo.”

Os dados fazem parte de um relatório que será divulgado nesta semana pelo fundo de investimento multilateral do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O México foi o país que recebeu maior volume de remessas do exterior na região em 2004, US$ 16,6 bilhões. O Brasil está em segundo lugar, com algo em torno de US$ 5,4 bilhões de dólares anuais.

Fronteira
O Christian Science Monitor, de Boston, afirma que há uma crescente preocupação no governo americano com a possibilidade de terroristas entrarem nos Estados Unidos cruzando a fronteira com o México.

“Autoridades citam recentes informações de inteligência que são a prova mais clara até agora de que os terroristas planejam usar (a fronteira sul) como ponto de entrada --isso se já não tiverem entrado”, afirma o jornal.

Há então agora pressão de deputados democratas e republicanos pelo endurecimento nos controles da extensa fronteira entre os dois países.

De acordo com o Monitor, os militantes da Al-Qaeda podem explorar duas formas de entrar nos Estados Unidos.

A primeira delas é pagar redes especializadas em contrabandear imigrantes. A outra é explorar uma brecha legal no sistema de imigração americano, que separa os mexicanos - cuja entrada é rejeitada imediatamente - dos cidadãos de outros países.

Os imigrantes detidos na fronteira considerados pelos Estados Unidos como “não-mexicanos” têm direito a uma audiência na Justiça que determina se serão ou não admitidos - em 2004, segundo o diário, 44 mil “não-mexicanos” tiveram a entrada autorizada.

As autoridades americanas temem que militantes islâmicos obtenham identidades falsas de países latino-americanos.