Sobe para 53 total de mortos em ataques em Londres

Por Gazeta Admininstrator

A polícia britânica anunciou nesta quinta-feira que subiu para 53 o número de mortos nos atentados em Londres da semana passada.
A polícia confirmou ainda que identificou o quarto suspeito de ser um dos responsáveis pela explosão das bombas, mas não divulgou seu nome oficialmente.

Na mesma entrevista coletiva, as autoridades divulgaram fotografias e imagens de vídeo de Hasib Hussain que, segundo a polícia, foi responsável pela explosão da bomba no ônibus número 30, na Praça de Tavistock.

As imagens feitas pelas câmaras de circuito fechado de TV na estação de trem de Luton mostram Hussain, de 18 anos, carregando uma mochila ao embarcar a caminho de Londres na manhã do dia dos atentados.

A polícia quer saber o que Hussain fez entre sua saída do metrô em Londres e a explosão da bomba, um trajeto que teria demorado quase uma hora.

Suspeitos

Com a definição do quarto nome, os investigadores acreditam ter identificado todos os homens que morreram executando os ataques da quinta-feira, os primeiros ataques suicidas registrados na Grã-Bretanha.

Suspeitos dos ataques
Shehzad Tanweer: 22 anos, nasceu em Bradford, morava em Leeds. Estudou religião no Paquistão. Pistas ligariam ele à explosão na estação de metrô de Aldgate.
Hasib Mir Hussain: 18 anos, morava em Leeds. Teria desaparecido no dia dos ataques. Afirma-se que se transformou em uma pessoa muito religiosa há dois anos. Identidade encontrada no ônibus número 30, que explodiu no centro da cidade.
Mohammed Sadique Khan: 30 anos, também de Leeds, recentemente se mudou para Dewsbury, casado, um filho. Identidade encontrada no local da explosão da estação de Edgware Road.
Quarto suspeito: sua identidade foi definida, mas ainda não foi divulgada.

Eles já afirmaram acreditar que pelo menos três dos suspeitos são cidadãos britânicos, de origem paquistanesa.

Agora a investigação se concentra na busca de um quinto homem, que não teria morrido, mas, segundo os investigadores, teria planejado os ataques.

A polícia também está tentando identificar qualquer outra pessoa que possa ter envolvimento nos atentados.

Uma fonte dos serviços de segurança disse ao repórter da BBC Rory MacLean que os autores dos atentados eram “munição dispensável de uma arma terrorista”.

Peritos também estão examinando uma casa em Aylesbury, no noroeste de Londres, que foi examinada também pelo esquadrão antiterror britânico na noite da quarta-feira.

Até agora não foram encontrados explosivos na casa e nenhum outro suspeito foi preso.

Charles faz apelo

A identificação dos suspeitos como cidadãos britânicos provocou choque e divisões entre os britânicos.

O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, fez um pedido para que “todo muçulmano de verdade” ajude a revelar pessoas que pregam o extremismo.

Em artigo publicado no jornal Daily Mirror, ele disse que uma “influência maligna” parece ter sido exercida sobre os ataques da semana passada em Londres.

O príncipe de Gales também afirmou que integrantes de outras comunidades devem resistir à tentação de condenar os muçulmanos por causa das ações de uma minoria.

“Isto é uma perversão das tradições do islamismo”, disse Charles.