Sofia passa por transplante de seis órgãos em Miami

Por Gazeta News

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“É com muita alegria que venho comunicar à todos que nossa bonequinha se encontra neste momento no centro cirúrgico para receber seus novos órgãos. Sim, o anjinho doador apareceu, e hoje nossa bonequinha recebe seus novos órgãos... Este dia foi muito esperado não só por nós, pais, mas como por todos vocês. Vamos intensificar nossas orações. Que Deus continue abençoando a equipe do Dr. Rodrigo que já está com nossa bonequinha neste momento”.

Foi assim que os pais da pequena Sofia, Gilson e Patricia de Lacerda,  anunciaram aos quase 1.5 milhão de pessoas que curtem a página “Ajude a Sofia”, criada para divulgar a campanha de arrecadação de fundos para que a menina realizasse os transplantes.

Ao “G1”, a mãe da menina contou que a família ficou sabendo sobre o possível doador na quinta-feira, dia 9, por volta das 6:30pm e, assim, já prepararam a menina para a cirúrgia. "Ela entrou na sala de cirurgia às 9h30 e agora só pedimos que Deus abençoe a equipe do Dr. Rodrigo durante o procedimento"

Por causa de uma doença rara, Sofia precisa do transplante de seis órgãos: estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado, intestino grosso e, provavelmente, um dos rins.

Jornada

Sofia chegou a Miami no dia 2 de julho de 2014 e desde então está sob os cuidados da equipe do médico brasileiro, Dr. Rodrigo Viana, responsável também por realizar os transplantes no Jackson Memorial Hospital. Mas a luta da menina, hoje com 1 ano e 3 meses, iniciou desde o nascimento, quando foi diagnosticada com a síndrome de Berdon.

O caso da pequena Sofia causou comoção e mobilizou celebridades e desconhecidos pelo Brasil a fora, que se uniram pela campanha de arrecadação de fundos para que a menina pudesse vir aos Estados Unidos passar pela cirurgia, na época avaliada em $1 milhão de dólares.

Paralelamente, a família lutava na Justiça para que o governo brasileiro arcasse com as despesas. Depois de muita luta, a família ganhou o direito.

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Pedrinho está na UTI para tratar vírus e rejeição leve

Pouco mais de um mês do transplante de intestino, o menino Pedrinho, de 1 ano e 5 meses, está internado na UTI para tratamento de uma rejeição leve, de grau 1, ao novo órgão.

“Pedrinho fez novamente a endoscopia, colheram materiais para biópsia e colocaram outro cateter. Nosso menino está com rejeição (grau 1, mais leve) de seu novo intestino e os médicos estão tratando. Viemos para a UTI ontem para que ele receba alguns medicamentos com acompanhamento mais de perto e ficaremos aqui por mais alguns dias”, escreveu sua mãe, Aline Favra, na página do Facebook, “Ajude o Pedrinho a continuar sorrindo”. “Existe o vírus também que o tratamento é o oposto do tratamento para rejeição, sendo assim, os médicos estão sendo ainda mais cautelosos”.

Pedrinho está sendo tratado no Jackson Memorial Hospital, em Miami, pelos médicos brasileiros especializados em transplantes, Rodrigo Vianna e Dr. Thiago Beduschi. “Somos gratos por contar com a equipe médica que tem experiência com transplante de intestino e multivisceral”, completou a mãe.

Vítima da Síndrome do Intestino Curto (SIC), reflexo de uma má formação que fez com que seu intestino necrosasse, Pedrinho luta para sobreviver desde o nascimento.

Diante da pouca perspectiva de sobrevivência se continuasse em tratamento no Brasil, onde transplantes do mesmo tipo não foram bem sucedidos, a família conseguiu, através de uma forte campanha nas redes sociais, arrecadar $2 milhões de dólares para vir para o sul da Flórida – referência em cirurgias de transplantes em crianças.

“Sempre soubemos que em qualquer transplante existe a possibilidade de rejeição, assim como o tratamento para tal. Portanto, precisamos ainda mais de orações para que o vírus seja contido e a rejeição controlada. Chorei, chorei muito, pois por mais que eu me faça forte, sou mãe”, disse a mãe.