Soldado do caso WikiLeaks teria tentado suicídio

Por Gazeta News

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A soldado transgênero responsável pelo vazamento de documentos para o site WikiLeaks teria tentado suicídio e foi brevemente hospitalizada esta semana, anunciou o Exército americano no dia 6.

Chelsea Manning cumpre pena em uma prisão militar. Sua equipe de advogados, entretanto, não conseguiu contatar a cliente para averiguar as circunstâncias que levaram a sua hospitalização.

O porta-voz do Exército americano, coronel Patrick Seiber, disse à AFP que Manning foi ao hospital local no Kansas, na região de Fort Leavenworth, na manhã do dia 5.

“Ela retornou para o quartel na manhã de ontem”, disse Seiber, sem dar informação alguma sobre o estado de Manning.

O site de notícias de celebridades TMZ citou uma fonte anônima que afirmou que Manning teria tentado se enforcar e estaria sendo monitorada.

A CNN, citando um oficial que também pediu para ter sua identidade preservada, informou que Manning estava hospitalizada após uma aparente tentativa de suicídio.

A advogada da soldado Manning, Nancy Hollander, reagiu furiosa à aparente revelação de informações médicas a meios de comunicação, afirmando que ela não tinha recebido uma palavra sobre o estado de saúde de sua cliente.

“Nós estamos chocados e ultrajados de que um oficial de Leavenworth tenha contatado a imprensa com informações médicas confidenciais e privadas sobre Chelsea Manning, ainda que ninguém do Exército tenha dado uma informação a sua equipe jurídica”, disse Hollander em um comunicado.

A advogada disse ter telefonado para Manning no dia 5 apenas para ouvir dos oficiais do Exército que a ligação “não poderia ser repassada”.

“Os advogados e amigos que realmente se importam com o bem-estar dela estão profundamente estressados com essa completa falta de comunicação oficial sobre a atual situação de Chelsea”, disse Hollander.

Originalmente chamada de Bradley, Manning foi acusada em agosto de 2013 por espionagem e outros crimes depois de admitir ter fornecido documentos sigilosos ao site WikiLeaks.

Após a sentença, Manning anunciou que se identificava com o gênero feminino e obteve uma autorização legal para mudar de nome e receber medicamentos à base de hormônios.

Ela continua, entretanto, em uma prisão militar no Kansas, onde está apelando de uma sentença de 35 anos.