Somos o que Comemos

Por Gazeta Admininstrator

O processo de envelhecimento do corpo pode ser comparado à ferrugem. No caso do corpo humano, nós "enferrujamos" nas duas direções: de dentro para fora e de fora para dentro. Este envelhecimento é causado por átomos ou moléculas conhecidas como radicais livres. Os radicais livres são componentes altamente ofencivos que são primariamente introduzidos no corpo humano como consequência de reações metabólicas e exposição ao meio ambiente. O metabolismo natural é um dos elementos chaves para a criação de radicais livres no nosso organismo.

O corpo humano funciona como um carro: nós "abastecemos o tanque" através da comida que ingerimos, e queimamos o combustível através da digestão para produzir a energia necessária para as nossas atividades diárias. Como consequência dessa "queima de combustível" o corpo humano produz os radicais livres. Se estes radicais livres não são neutralizados, eles eventualmente vão causar danos celulares e desencadear um processo que eventualmente levará a problemas de saúde.

Outra maneira em que expomos o nosso corpo aos radicais livres é através do ambiente em que nós vivemos. Alguns exemplos de substâncias presentes no ambiente e que causam a formação de radicais livres incluem produtos radioativos (radiografias, exposição ao sol, etc.), tabaco (cigarros, charutos, etc.), gorduras insaturadas (gorduras trans), bebidas alcoólicas, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de carbono, metais pesados, e muitos outros produtos e substâncias encontradas no ar que respiramos, na água que consumimos e em tudo que injerimos. Na verdade, é impossível nos escondermos dos radicais livres.

Quando não tomarmos medidas preventivas, os efeitos do acúmulo dessas moléculas em nosso corpo causarão os mais variados problemas de saúde como as doenças cardíacas e o câncer. Até as manchas de envelhecimento da pele e as rugas ao redor dos olhos, são consequência dos radicais livres.

Não importam os genes que você herdou, seu corpo é continuamente submetido a reações bioquímicas complexas. Algumas destas reações causam danos e, em última instância, o envelhecimento do corpo. O estudo dessas reações complexas está ajudando os pesquisadores a entenderem como o corpo muda à medida que envelhece.

Conceitos importantes na bioquímica do envelhecimento incluem:

Radicais livres: moléculas instáveis de oxigênio que podem danificar as células.

Proteínas: o excesso de açúcar na corrente sanguínea pode causar as moléculas de proteína, a literalmente se juntarem e perderem sua eficácia.

Reparo do DNA: por razões desconhecidas, os sistemas do corpo para reparar o DNA parecem tornar-se menos eficazes à medida em que envelhecemos.

Proteínas de Choque Térmico: essas proteínas ajudam as células sobreviverem ao estresse e estão presentes em menor número, em pessoas mais velhas.

Hormônios: os hormônios do corpo mudam com a idade, causando muitas alterações em sistemas de órgãos e outras funções.

A boa notícia é que muitas destas causas do envelhecimento podem ser modificadas do seu comportamento:

-Ao comer alimentos repletos de antioxidantes, você pode minimizar os danos causados pelos radicais livres.

-Ao se exercitar, você pode limitar a perda óssea e muscular.

-Ao manter seu colesterol baixo, você pode retardar o endurecimento das artérias e proteger seu coração.

-Pela prática de aptidão mental, você pode manter seu cérebro afiado.

O estilo de vida também tem um impacto importantíssimo no prolongamento da vida. Ratos e camundongos alimentados com uma dieta restrita em calorias (30 por cento menos em calorias diárias) vivem até 40 por cento mais que aqueles com alimentação livre.

O pensamento positivo é também um fator importante e é capaz de prolongar a vida das pessoas em até 7,5 anos segundo estudos realizados.

 Alimentos que ajudam a manter a juventude?

Uma lista de frutas, verduras e outros alimentos que combatem os radicais livres inclui: chocolate meio amargo, framboesas, leite com chocolate, ameixas, romãs, uva passa, amoras, alho, couve, morangos, espinafre, brotos de alfafa, beterraba, abacate, laranjas, uvas, pimentão vermelho, cerejas, kiwi, feijão, cebolas, milho, ervilhas, berinjela, couve-flor, batata, batata doce, repolhos, maçã, banana, cenoura, tomate, pêra, melancia e pepino. Muitos outros alimentos ainda podem ser adicionados a esta lista, mas o mais importante é uma mudança alimentar, exercícios físicos, uma boa noite de sono e uma atitude positiva.

Como podemos combater os radicais livres? Os cientistas descobriram que os alimentos têm pontuação alta na análise de antioxidantes ou ORAC (Oxygen Radical Absorbancy Capacity) e protegem as células dos radicais livres, reduzindo os riscos de doenças do envelhecimento.

O chá verde também demonstrou fornecer a proteção necessária contra os radicais livres. Os resultados de um estudo publicado no British Journal of Nutrition mostra que os indivíduos que consumiram apenas duas xícaras de chá verde por dia durante um mês foram capazes de reduzir os níveis de danos no DNA em 20%. Os polifenóis presentes no chá verde natural conhecidos como ECGC têm se mostrado particularmente eficaz na redução do risco de uma série de linhas de células cancerígenas, incluindo próstata, cólon, esôfago, bexiga e pâncreas.

Em conclusão, a importância do que é levado para dentro do corpo não pode ser subestimada. Quando as substâncias tóxicas, drogas ou apenas os alimentos que causam a formação dos radicais livres oxidativos são muito consumidos, eles diminuem o metabolismo comprometendo a função do nosso corpo. Em consequência disso, as reações bio-químicas se tornam menos eficientes e mais nutrientes essenciais são necessários apenas para manter níveis mínimos normais para nossa saúde.

 Márcia Medina - PT, DPT, COMT Doctor of Physical Therapy - www.saude-bem-estar.com