Streaming: O futuro da música

Por Gazeta News

spotify celular

Depois de praticamente uma década e meia, finalmente o mercado da música está chegando a um modelo de negócio viável à era digital. Primeiro, vieram as vendas de download, que não foi o suficiente. Agora, um serviço que parece ter vindo para ficar: o serviço de streaming de música, que pela primeira vez superou a venda de CDs no ano passado.

Desde o surgimento do Napster, em 1999, um site de compartilhamento de arquivos que abalou a indústria fonográfica, essa é a primeira vez que aparece uma luz no fim do túnel para o primeiro grande setor da economia a sentir o baque da revolução digital. De acordo com a Associação das Gravadoras dos Estados Unidos (RIAA, na sigla em inglês), o streaming cresceu 29% e obteve um faturamento de $1,87 bilhão de dólares. O CD, por sua vez, arrecadou $1,85 bilhão de dólares, uma retração de 12% em relação ao ano anterior.

O download (venda de faixas avulsas ou álbuns digitais, distribuídos principalmente via iTunes) ainda lidera o mercado, com 37% e receita de $2,57 bilhões de dólares. Em segundo lugar estão os formatos físicos, puxados pelo CD, com 32% do faturamento da indústria fonográfica, seguido pelo streaming, com 27%. O importante a ser observado é a curva: a do streaming é ascendente, enquanto a do download é de queda – encolheu 8,7% e ficou em $2,58 milhões de dólares.

Sites como o sueco Spotify, Rdio, Deezer, Tidal, Pandora, entre outros, são alguns que nasceram como plataformas de streaming de música. Foi sentindo o cheiro de lucro no ar que a Apple lançou, no dia 8 de junho, o Apple Music, uma espécie de rede social musical, que conta com músicas para serem ouvidas direto pela internet, vídeos e páginas oficiais, nas quais os artistas podem interagir com seus fãs. Apple Music Até agora, a Apple apostava fortemente no download, com o iTunes. “Queremos mudar esse mercado de streaming”, afirmou Tim Cook, CEO da Apple, no lançamento da plataforma, no dia 8. “Vamos colocar tudo no mesmo lugar”.

Outra novidade da nova plataforma é que a rede social será disponível também para usuários dos sistemas operacionais Windows, da Microsoft, e Android, do Google. A versão para Android, no entanto, chegará no fim do ano, enquanto a para aparelhos da Apple estará disponível na atualização dos sistemas operacionais iOs e Mac, que deve acontecer em breve. O acesso à plataforma musical da Apple não será gratuito. A mensalidade será de $9,99 dólares, mas os primeiros três meses de uso serão gratuitos. Além disto, haverá um plano familiar, que dará acesso a seis pessoas, por $14,99 dólares. De início, o Apple Music estará disponível a partir de 30 de junho em 100 países, que não foram especificados. Spotify O Spotify conta com 80 milhões de ouvintes e existe nas versões grátis e premium. Oferece mais de 30 milhões de músicas e 20 mil são adicionadas todos os dias. Funciona no computador e em aplicativos para celulares e tablets. O ponto negativo é a grande quantidade de anúncios para os usuários não-assinantes (tanto entre as canções, quanto em forma de banners). A assinatura mensal custa $9,99 e dá direito a ouvir músicas quando off-line. Usuários podem criar a própria playlist. Tidal Conta com um catálogo de 25 milhões de músicas, mas não tem uma rádio, como no caso de Spotify e outros serviços populares de streaming. Usuários podem criar sua própria playlist e é possível ouvir off-line. O serviço está disponível para Android, iOS e desktop. Valor: $9,99 por mês ou $19.99 por mês com som de melhor qualidade.

Google Play Music Conta com um catálogo de 30 milhões de músicas e tem também a opção de rádio. Usuários podem criar sua própria playlist e é possível ouvir off-line. O serviço está disponível para Android, iOS e desktop. Valor: $9,99 por mês. Slacker Conta com um catálogo de 13 milhões de músicas e tem também a opção de rádio. Usuários premium podem criar sua própria playlist, para os quais é possível ouvir off-line. O serviço está disponível para Android, iOS, Windows e desktop. Valor: grátis com propaganda; $3.99 por mês sem propaganda; $9,99 para a opção de ouvir off-line. Songza Conta com um catálogo de 20 milhões de músicas e tem também a opção de rádio. Usuários não podem criar sua própria playlist e também não é possível ouvir off-line. O serviço está disponível para Android, iOS, BlackBerry 10, Windows e desktop. Valor: $0,99 por semana para ouvir sem propaganda. Rdio Conta com um catálogo de 30 milhões de músicas. O serviço está disponível para Android, iOS, e em uma série de sistemas operacionais, como Chromecast e Roku. Valor: Grátis para a criação de rádios próprias; $3.99 dólares por mês para a opção Rdio Select, sem propaganda; $9.99 para o Rdio Unlimited, que funciona como o Spotify e Apple Music – todas as músicas disponíveis também off-line. Pandora O serviço foi criado em 2000 e é pioneiro nesse ramo, mas a concorrência só tem aumentado para o Pandora nos últimos anos. O usuário não cria a própria playlist, mas tem acesso a uma rádio com curadoria própria, na qual ouvirá sons familiares. O Pandora One é o formado por assinatura e custa $4.99 por mês sem propaganda. Fonte: Time, Época.