Superbactéria vive em lençóis e unhas, diz estudo

Por Gazeta Admininstrator

A "superbactéria" mutante e resistente aos medicamentos, que provoca um número cada vez maior de internações hospitalitares e mortes, pode viver durante semanas em roupas de cama, capas de teclados de computadores e debaixo de unhas de acrílico, disseram pesquisadores norte-americanos.

O estudo confirma o resultado de outras pesquisas segundo as quais medidas altamente rígidas de higiene são necessárias para enfrentar essas bactérias, algumas das quais se mostram resistentes até aos antibióticos mais fortes, sendo quase indestrutíveis.

Uma equipe da empresa de serviços sanitários Ecolab encontrou bactérias da espécie Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA, na sigla em inglês) em roupas de cama, capas de teclado e unhas de acrílico.

A MRSA foi detectada oito semanas depois do contágio em unhas de acrílico, seis semanas depois nas capas para teclado e cinco dias depois em roupas de cama, disseram os pesquisadores em um encontro da Sociedade Americana de Microbiologia.

"Os resultados desse estudo mostram claramente a necessidade das pessoas lavarem as mãos com frequência e desinfetarem os ambientes de locais de tratamento de saúde", afirmou o pesquisador Kris Owes, da Ecolab.

A bactéria Staphylococcus aureus é bastante comum e geralmente inofensiva, podendo ser encontrada na pele e no nariz de cerca de 30 por cento das pessoas. Ela pode gerar problemas incômodos, como coceiras e bolhas.

Em hospitais, porém, a variante MRSA da bactéria pode provocar infecções sérias, muitas vezes mortais, entre as quais a fasciíte necrosante, ou doença "comedora de carne". A MRSA consegue sobreviver a todo tipo de medicamento, com exceção de um antibiótico chamado vancomicina.

Um estudo realizado no Hospital Northwestern Memorial, de Chicago (EUA), descobriu que os teclados de computador podem contaminar os dedos, protegidos ou não por luvas, de um enfermeiro ou médico, que então levaria a bactéria até um paciente.

Outras pesquisas mostraram que, apesar da importância da higiene das mãos, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde com frequência não as lavam de forma adequada.