De desconhecidos no ciclo olímpico de Londres 2012 a grandes estrelas brasileiras do evento, Esquiva e Yamaguchi Falcão ainda tentam se acostumar com a fama instantânea que as medalhas de prata e bronze, respectivamente, lhes trouxeram. Em meio a sessões de autógrafos e entrevistas, os irmãos sabem que, ao mesmo tempo que o reconhecimento aparece, a cobrança para 2016 se torna inevitável. Mesmo com as próximas Olimpíadas sendo no Rio de Janeiro, os pugilistas descartam o favoritismo para a competição.
Na capital inglesa, atletas favoritos como Cesar Cielo (natação) e Leandro Guilheiro (judô) viajaram com a pressão de conquistar o ouro. Após surpreenderem com as medalhas em Londres, tanto Esquiva quanto Yamaguchi acreditam que eles farão parte do grupo que carrega a obrigação de subir ao lugar mais alto do pódio no Rio.
“Nós fomos para Londres sem o povo saber quem éramos. Ninguém achava que chegaríamos ao pódio. Agora penso que vão querer que eu seja ouro ou prata. Disso para baixo não serve”, disse Esquiva, que perdeu a final dos pesos-médios para o japonês Ryoto Murata, em decisão polêmica da arbitragem.
Porém, os irmãos não se afobam quando o assunto é favoritismo. Segundo os boxeadores, esse é um sentimento que pode “jogar contra” dentro e fora do ringue.
“Eu agora quero deixar a medalha mais amarela. Vou com esse objetivo, mas eu e meu irmão não nos sentimos favoritos. Isso vai nos prejudicar muito, principalmente nos dando uma confiança exagerada”, avaliou Yamaguchi, que, nas quartas de final, eliminou o cubano Julio Cesar la Cruz Peraza, atual campeão mundial. As informações são do “Globo Esporte”.
