Suspeito por grupo de brasileiros que sumiu nas Bahamas é preso

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_170674" align="alignleft" width="352"] O suspeito é escoltado por agentes da Polícia Federal na chegada ao Brasil. Imagem: reprodução PF via Estadão.[/caption] Um homem suspeito de ser o responsável pelo grupo de brasileiros que sumiu nas Bahamas desde novembro de 2016 foi preso neste fim de semana no Panamá e levado para o Brasil. Por meio de nota à imprensa, a Polícia Federal informou nasegunda-feira, 6, que o suspeito, de 40 anos e que não teve o nome revelado, foi transferido para Brasília (DF) no domingo, dia 5, onde ficará sob custódia da PF. A prisão faz parte do desdobramento da Operação Piratas do Caribe, deflagrada em janeiro de 2017 e que investiga o esquema dos "atravessadores" ou popularmente conhecidos como "coiotes", que trazem pessoas ilegalmente para os EUA pela fronteira com o México ou pelo mar, direto das Bahamas para o sul da Flórida. O grupo de 19 imigrantes (entre brasileiros, dominicanos e cubanos) desapareceu há um ano e nove meses quando supostamente faria uma travessia marítima ilegal das Bahamas para os Estados Unidos. Apesar da investigação, o caso continua sem solução e ainda não foi encontrada uma resposta para o que pode ter acontecido com os integrantes do grupo. No entanto, com a prisão desse suspeito, a PF espera obter informações que levem ao paradeiro dos brasileiros e também a desmantelar a rede de tráfico internacional de pessoas. A Operação Piratas do Caribe está na 3.ª fase e, de acordo com a PF, a prisão do suspeito foi organizada com a Interpol e o Departament of Homeland Security (DHS), além das polícias do Panamá e da República Dominicana. Desde que as famílias dos integrantes do grupo com 12 brasileiros, 5 dominicanos e 2 cubanos começaram a informar a falta de contato e buscaram ajuda com a PF, a Interpol foi acionada. "Estima-se que a organização criminosa da qual o preso faz parte tenha movimentado, nos últimos anos, mais de R$ 25 milhões de reais e enviado uma média de 150 adultos e 30 crianças e/ou adolescentes por ano para tentar o ingresso ilegal nos EUA", diz a PF. Investigações Segundo a Polícia Federal, antes de deixar o país, os brasileiros ficavam em cidades com aeroportos internacionais "de fácil acesso", aguardando a organização autorizar o embarque para Bahamas "onde aguardavam por vários dias para tentar fazer a travessia de barco" para os Estados Unidos. "Além de todos os riscos que envolviam a imigração ilegal, os coiotes escondiam os reais perigos envolvidos na travessia, como a passagem pela região do Triângulo da Bermudas, famosa pelo alto índice de tempestades, naufrágios e desaparecimento de embarcações e aeronaves", informou a PF. Leia também Casal e três agências de turismo são investigados em conexão com brasileiros desaparecidos nas Bahamas Itamaraty encerra busca por brasileiros desaparecidos nas Bahamas Novo grupo de brasileiros é detido em Pompano Beach após travessia via Bahamas