Tem início julgamento do ex-presidente da CBF em Nova York

Por Gazeta News

Martin Fernandez GloboEsporte
[caption id="attachment_156569" align="alignleft" width="360"] Foto: Martin Fernandez / GloboEsporte.[/caption]

O ex-presidente da CBF José Maria Marin deixou a prisão domiciliar na Trump Tower em Manhattan para comparecer ao Tribunal Federal do Brooklyn, nesta segunda-feira, 6, quando teve início o seu julgamento.

Acusado de sete crimes: três de fraude, três de lavagem de dinheiro e mais um por integrar uma organização criminosa, Marin está sendo julgado no "Caso FIFA", a maior investigação sobre corrupção na história do futebol, que derrubou os dirigentes e empresários de marketing esportivo que mandavam havia décadas no futebol latino-americano e recuperou quase US$ 200 milhões em dinheiro desviado.

O julgamento teve início nesta segunda e deve durar dois meses. Nesta primeira semana deve acontecer a formação do júri, composto por 12 pessoas (mais seis "reservas") que terão suas identidades preservadas. Testemunhas serão ouvidas e provas serão apresentadas a partir do dia 13.

Preso em 27 de maio de 2015, em Zurique, Marin é acusado de receber propina para beneficiar empresas de marketing esportivo que compraram direitos de transmissão e comerciais da Copa do Brasil, da Copa América e da Copa Libertadores.

Se condenado, o brasileiro pode pegar uma pena de até 10 anos de prisão, segundo especialistas, mas pode recorrer em prisão domiciliar. Ele nega todas as acusações e afirma ser inocente.

Lavagem de dinheiro nos EUA

O caso é investigado nos EUA porque os acusados usaram bancos e empresas com sede no país para movimentar dinheiro. Em novembro de 2015, Marin foi extraditado para os EUA, onde fez um acordo para poder aguardar seu julgamento em prisão domiciliar. Marin mora (e está preso) num apartamento de 100 metros quadrados no 41o andar da Trump Tower, comprado em 1989.

Marco Polo Del Nero, sucessor de Marin na presidência da CBF, e Ricardo Teixeira, presidente da entidade entre 1989 e 2012, aguardam o julgamento no Brasil. O país não extradita seus cidadãos, e por isso eles não serão julgados pelos EUA. Teixeira e Del Nero também negam as acusações e afirmam ser inocentes.

Com informações da Reuters e Globo Esporte.