Temer revoga decreto sobre fim de reserva na Amazônia

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_151993" align="alignleft" width="300"] A floresta Amazônica é a maior reserva ambiental do planeta. Foto: Pixabay.[/caption]

A polêmica criada em torno do fim da reserva mineral na Amazônia declarada pelo presidente Michel Temer na última semana fez com o governo federal decidisse revogar o decreto que acaba com a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), conforme publicação do Diário Oficial nesta segunda-feira, 28.

O Palácio do Planalto vai publicar, no entanto, um novo decreto que mantém a área aberta à mineração, mas detalha "ponto a ponto" de como será a preservação ambiental na região. O novo texto diz, por exemplo, que não poderá haver mineração em unidades de conservação ambiental e indígena. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto e o novo texto é uma tentativa de minimizar as críticas com o fim da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), entre o Pará e o Amapá. A área de 47 mil quilômetros quadrados, do tamanho do Espirito Santo, foi aberta para a mineração depois de um decreto publicado pelo presidente Michel Temer na semana passada. A região abriga nove unidades de conservação ambiental e indígena e a liberação para a mineração na área gerou protestos de artistas e ambientalistas. A reserva, com área maior que a Dinamarca ou do tamanho do estado do Espírito Santo, foi criada em 1984, ainda durante a ditadura militar. A área é rica sobretudo em ouro, mas também em tântalo, minério de ferro, níquel, manganês e outros minerais. No meio dessa região, estão nove áreas de conservação ambiental e reservas indígenas. O governo diz que só haverá mineração fora das unidades. O temor dos ambientalistas é que a exploração de minério em regiões próximas às terras indígenas e às áreas de proteção integral e uso sustentável dentro da Renca provoque degradação na floresta e nos cursos d’água.

Com informações de O Globo.