Temporada Furacões: New Orleans já conta com um novo plano de evacuação.

Por Gazeta Admininstrator

NEW ORLEANS – Alvo de pesadas críticas devido a sua atuação no episódio da passagem do furacão Katrina, no ano de 2005, o prefeito Ray Nagin,de New Orleans, divulgou nesta terça-feira(2) um plano de evacuação para a nova temporada de tempestades deste ano.

Ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando o estádio Superdome e o Centro de Convenções Morial foram utilizados como abrigos, a idéia para esse ano é a utilização de trens e ônibus no deslocamento dos moradores para outras localidades, fora das áreas atingidas.

"Não teremos abrigos", afirmou Nagin durante entrevista coletiva. De acordo com ele, o centro de convenções, que após o furacão de 29 de agosto transformou-se em um cenário miserável, servirá como um ponto de encontro para a retirada das vítimas das tempestade, e não mais como abrigo.

Nagin disse também que a infra-estrutura de comunicações da cidade está sendo modificada visando às várias situações em que esses sistemas possam vir a entrar em colapso.

Para o prefeito, os evacuados também poderão salvar seus bichos de estimação caso contem com gaiolas em que os mesmos possam ser transportados com segurança.

O diretor de segurança interna da cidade, Terry Ebbert, também apresentou outras alternativas que poderão ser usadas para retirar rapidamente turistas, idosos e deficientes de New Orleans.

A nova temporada de furacões começará no dia 1º de junho e vai até novembro, porém as tempestades mais fortes costumam ser registradas entre os meses de agosto e setembro.

O nova estratégia foi desenvolvida considerando uma cidade que teve a população diminuída à menos da metade de seu tamanho original.

Antes do Katrina, New Orleans contava com cerca de 455 mil habitantes.

Na ocasião da passagem do Katrina, o setor metropolitano da cidade teve sua mais bem sucedida evacuação. Aproximadamente um milhão de moradores conseguiram se dirigir para fora da cidade através das rodovias estaduais. Isso, no entanto, não foi o suficiente para impedir que a população pobre da região sofresse as maiores conseqüências do desastre natural. Isso deve-se ao fato de que muitos não tinham carros para deixar suas casas ou porque não tinham condições financeiras para ficar em outros municípios. A maioria dessas pessoas terminou presa nos abrigos improvisados do Superdome e do Centro de Convenções