Testemunhas contrariam versão da polícia sobre morte de Marielle Franco no RJ

Por Arlaine Castro

assassinato-de-marielle- infográfico policia civil 2
[caption id="attachment_164099" align="alignleft" width="325"] Marielle Franco em discurso na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. foto: reproduçãoFacebook.[/caption] Uma reportagem publicada neste domingo, 1º, revela novos detalhes sobre a execução da vereadora do Psol Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo e dadas por duas testemunhas que não foram ouvidas pela polícia. Ambas teriam afirmado que policiais militares mandaram testemunhas sair do local do crime. Ainda segundo o Jornal O Globo, as duas testemunhas revelaram que permaneceram no local do crime até a chegada da polícia, mas que os policiais militares mandaram todos sair de lá sem serem ouvidos. Desde os assassinatos de Marielle e Anderson Gomes, a investigação está sob sigilo, mas na semana passada, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, disse em uma entrevista àGlobo News que éinegável que as investigações sobre o crime indiquem uma motivação relacionada à atuação política de Marielle Franco. O Globoconversou com as duas testemunhas em separado e ambas deram a mesma versão sobre o crime, que inclui detalhes sobre o momento da abordagem, a rota de fuga e as características físicas do autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista. Segundo as testemunhas, o carro em que os assassinos estavam imprensou o veículo conduzido por Anderson no qual estavam Marielle e uma assessora parlamentar e que quase subiu na calçada. Ambas disseram, também, que só viram um veículo no momento em que foram feitos os disparos. As imagens de câmeras de vigilância sugeriam que dois veículos haviam perseguido o carro em que a vereadora estava. [caption id="attachment_164100" align="alignright" width="327"] Infográfico Polícia CivilRJ.[/caption] As testemunhas disseram também que viram um homem negro, que estava sentado no banco de trás do carro dos criminosos, colocando o braço para fora do veículo com uma arma de cano alongado e que o armamento parecia ter um silenciador. As duas pessoas ouvidas pelo jornal afirmaram ainda que o carro usado pelos criminosos deu uma guinada e fugiu, cantando pneus, pela Rua Joaquim Palhares. Até então, a suspeita era de que a fuga teria ocorrido pela Rua João Paulo Primeiro, perpendicular à Joaquim Palhares. Diante da reportagem do Jornal O Globo, aGloboNews questionou à Polícia Civil sobre a razão perla qual as duas testemunhas não foram ouvidas. A corporação não se pronunciou a respeito. Marielle Franco foi assassinada na noite de 14 de março no centro do Rio de Janeiro. Fonte: O Globo e G1.